A inovação deixou de ser uma vantagem competitiva — hoje, ela é questão de sobrevivência. Para medir, comparar e aprimorar práticas inovadoras em escala global, existe uma referência fundamental: o Manual de Oslo, criado pela OCDE e atualmente em sua 4ª edição (2018).
Recentemente, a Finep disponibilizou a versão oficial em português do manual, fortalecendo o acesso do Brasil às mais modernas diretrizes internacionais sobre coleta, análise e uso de dados sobre inovação. A seguir, apresentamos os pontos-chave desta edição e como ela pode impactar organizações, governos e pesquisadores.
🌐 O que é o Manual de Oslo?
Publicação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o Manual de Oslo é o principal guia internacional para medir e entender a inovação em empresas e sistemas nacionais de inovação. A 4ª edição, lançada em 2018, ampliou significativamente o escopo e a abordagem das edições anteriores.
🧭 Principais Diretrizes do Manual de Oslo 2018
1. Inovação em Sentido Amplo
O manual adota um conceito mais amplo de inovação, incluindo:
- Inovação de Produto
- Inovação de Processo
- Inovação Organizacional
- Inovação em Marketing
Essa abordagem reconhece que a inovação vai além de tecnologias — ela pode envolver mudanças na gestão, comunicação ou modelo de negócios.
2. Foco em Empresas de Todos os Tamanhos
A 4ª edição propõe métricas adaptadas para micro, pequenas, médias e grandes empresas, reconhecendo que a inovação ocorre em diferentes escalas e contextos.
3. Inovação Baseada em Conhecimento
Reforça a importância do conhecimento como insumo central da inovação, seja ele:
- Formal (P&D, publicações, patentes)
- Informal (experiência, know-how, feedback de clientes)
4. Inovação Colaborativa
Valoriza a inovação que surge de parcerias entre empresas, universidades, governo e sociedade. Essa diretriz estimula a criação de ecossistemas de inovação.
5. Medidas Quantitativas e Qualitativas
O manual orienta a coleta de dados estatísticos (ex.: gastos com P&D, número de patentes) e não estatísticos (ex.: motivadores da inovação, barreiras, estratégias).
6. Resultados e Impactos
Mais do que apenas atividades, o foco está nos resultados da inovação: melhoria de processos, aumento de receita, ganhos de produtividade, sustentabilidade, entre outros.
📊 Como aplicar na prática?
Governos, institutos de pesquisa e empresas podem usar as diretrizes para:
- Avaliar políticas públicas de inovação
- Comparar o desempenho nacional e internacional
- Melhorar processos internos de gestão da inovação
- Atrair investimentos com base em indicadores confiáveis
📎 Conclusão
O Manual de Oslo 2018 é uma bússola para navegar no complexo mundo da inovação. Com diretrizes modernas, inclusivas e adaptadas à nova economia, ele oferece um modelo robusto e flexível para diagnosticar, planejar e evoluir em inovação — seja no setor público ou privado.
Com a versão em português agora disponível pela Finep, o Brasil dá mais um passo rumo ao fortalecimento de seu ecossistema inovador.
📥 Baixe a versão em português da 4ª edição do Manual de Oslo no site da Finep
✍️ Se sua empresa busca se posicionar como inovadora, este é o primeiro documento que você precisa dominar.
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