AS RUÍNAS, DA CAPITAL DO IMPÉRIO ASSÍRIO.

Nínive, localizada na margem oriental do rio Tigre, foi uma das cidades mais importantes da antiga Assíria. Conhecida por sua grandiosidade e poder, Nínive desempenhou um papel crucial na história da Mesopotâmia, especialmente durante o período do Império Neoassírio.

Fundada por volta do século VII a.C., Nínive tornou-se a capital do Império Assírio sob o reinado de Senaqueribe. Este monarca transformou a cidade em um centro administrativo e cultural, iniciando uma série de projetos de construção que incluíam palácios magníficos, templos e uma muralha defensiva colossal. A cidade era também famosa por seus jardins, que alguns acreditam terem sido a inspiração para os Jardins Suspensos da Babilônia.

Uma das características mais notáveis de Nínive era a sua biblioteca, estabelecida pelo rei Assurbanípal. Esta biblioteca, considerada uma das primeiras grandes bibliotecas do mundo, continha milhares de tábuas de argila com inscrições cuneiformes, incluindo a famosa Epopeia de Gilgamesh. A coleção de Assurbanípal foi crucial para a preservação da literatura e do conhecimento mesopotâmico.

Apesar de sua grandeza, Nínive enfrentou muitos desafios. Em 612 a.C., a cidade foi capturada e destruída por uma coalizão de babilônios, medos e citas. Esta queda marcou o fim do Império Assírio, e Nínive entrou em um período de declínio e esquecimento, sendo redescoberta apenas no século XIX.

As escavações arqueológicas iniciadas no século XIX revelaram muito sobre a glória de Nínive. Entre os principais descobridores estão Austen Henry Layard e Hormuzd Rassam, que desenterraram palácios, esculturas e inscrições que lançaram luz sobre a história e a cultura da cidade. Suas descobertas foram fundamentais para a compreensão moderna da antiga Assíria.

Hoje, as ruínas de Nínive estão localizadas perto da moderna cidade de Mossul, no Iraque. Embora muitos artefatos tenham sido perdidos ou danificados ao longo dos séculos, o legado de Nínive continua a ser uma testemunha da engenhosidade e do poder do Império Assírio.

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**Referências:**

- "Nineveh and Its Remains" por Austen Henry Layard

- "The History of Assyria" por Georges Roux

- "The Buried Book: The Loss and Rediscovery of the Great Epic of Gilgamesh" por David Damrosch

- "Assyrian Statecraft: The Revival of Assur" por Shigeo Yamada