Capítulo 12 – O Último Movimento
A cidade pulsava sob o sol da manhã, refletindo-se no brilho metálico dos automóveis estacionados ao longo da avenida. O tempo parecia suspenso entre o passado e o presente, como se a própria história estivesse hesitante em seguir adiante.
Ele segurava o envelope vermelho entre os dedos, sentindo o peso simbólico de cada palavra escrita ali. “A última jogada pertence a você.” O significado daquela frase não era apenas metafórico—ele realmente tinha em mãos o poder de decidir o desfecho.
Atravessou a rua, passando pelos elegantes prédios de sacadas de ferro forjado. Sabia que estava sendo observado. Desde o momento em que havia pisado no parque naquela manhã, pressentira os olhos atentos que o seguiam. O jogo nunca havia sido justo, e ele sempre soube disso.
Quando chegou ao destino, encontrou a mulher esperando ao lado de um automóvel negro. O vento balançava suavemente o vestido dela, enquanto o olhar permanecia impassível.
— Então, é o fim? — ele perguntou.
Ela sorriu de leve, cruzando os braços.
— Nada realmente termina, não é? Apenas recomeça de outra forma.
Ele abriu o envelope e leu a última instrução. Um endereço. Um nome. Um novo objetivo.
Olhou para a mulher, que apenas assentiu. Não era uma despedida, mas um novo começo. O motor do carro rugiu quando ele abriu a porta e tomou seu lugar no banco do motorista.
Ao acelerar pela avenida, ele sabia que, por mais que aquela parte da história tivesse se encerrado, outra já estava esperando logo à frente.
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