Entre as inúmeras lendas que rondam as florestas antigas da Europa, poucas são tão perturbadoras quanto a do vômito de gnomo — um segredo guardado a sete chaves no folclore e quase sempre sussurrado em tom de medo.
A Maldição da Substância Cintilante
Segundo as tradições orais, os gnomos são criaturas resistentes, incapazes de sucumbir às enfermidades comuns dos homens. Contudo, quando ingerem algo amaldiçoado — frutos proibidos, raízes envenenadas ou metais corrompidos pela avareza humana — seus corpos reagem de forma aterradora.
O resultado é um vômito espesso, cintilante e de coloração variável, oscilando entre o verde-esmeralda e tons profundos de roxo.
Mas essa secreção não é apenas sinal de doença: ela dá origem à vida.
O Nascimento dos Cogumelos da Perdição
Ao tocar o solo da floresta, o vômito gera fungos luminescentes conhecidos como cogumelos da perdição. Esses organismos, belos e hipnóticos, carregam um poder sombrio: quem deles se alimenta é tomado por visões arrebatadoras do futuro, mas ao custo da própria sanidade.
Alquimistas medievais arriscaram a vida na busca desse material, acreditando que poderiam transformá-lo em elixires de poder absoluto. Nenhum sobreviveu ileso. Todos foram devorados pela loucura ou consumidos pelos próprios fungos que, em poucos dias, dominavam seus laboratórios como uma praga viva.
Arma de Defesa dos Gnomos
Perseguidos por caçadores humanos, os gnomos aprenderam a transformar essa maldição em arma. Provocavam o vômito com ervas amargas e espalhavam os fungos venenosos em clareiras inteiras, criando verdadeiras muralhas naturais de cores fantasmagóricas que afastavam qualquer intruso.
O Mistério Sobrevive
Ainda hoje, viajantes relatam a existência de clareiras cobertas por cogumelos coloridos que brilham na escuridão. Alguns insistem tratar-se apenas de fenômenos naturais da bioluminescência. Outros juram que tais lugares são marcas de antigos rituais gnomos — rastros silenciosos do temido vômito de gnomo.
Talvez nunca saibamos toda a verdade. Mas uma coisa é certa: nas florestas esquecidas, onde a névoa é mais densa e os sons parecem sussurros, há segredos que não foram feitos para serem revelados.
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