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sábado, 22 de novembro de 2025

As Falhas de um General segundo Sun Tzu — e o que Elas Ensinam sobre Liderança e Gestão de Pessoas

 

Sun Tzu, em A Arte da Guerra, descreve diversas condições que podem levar um general à derrota. Embora escritas há mais de 2.500 anos, essas falhas continuam incrivelmente atuais — especialmente no mundo corporativo, onde líderes enfrentam batalhas diárias por performance, engajamento e resultados sustentáveis.

A seguir, veja as principais falhas identificadas por Sun Tzu, como evitá-las e como transformá-las em sabedoria aplicável à gestão de pessoas.


1. Impulsividade — Agir sem estratégia

Falha segundo Sun Tzu:
O general impulsivo toma decisões precipitadas, movido pela emoção, pela pressão ou pelo ego.

Como não falhar:
→ Desenvolva a disciplina da pausa estratégica.
→ Analise cenários, consequências e riscos antes de agir.

Na gestão de pessoas:
Líderes impulsivos demitem por emoção, corrigem com agressividade e mudam direções sem comunicar o time.
A impulsividade gera insegurança, medo e desgaste.

Reflexão prática:

Você toma decisões para aliviar sua ansiedade ou para melhorar o futuro da equipe?


2. Arrogância — Subestimar os outros

Falha segundo Sun Tzu:
O general arrogante acredita que sabe tudo, não ouve e não considera outras perspectivas.

Como não falhar:
→ Cultive humildade estratégica.
→ Ouça especialistas, busque informações e incentive o contraditório.

Na gestão de pessoas:
A arrogância mata a inovação. Colaboradores deixam de sugerir soluções quando percebem que o líder já está “sempre certo”.

Reflexão prática:

Quando foi a última vez que você mudou de ideia após ouvir alguém do time?


3. Medo Excessivo — Liderar pela insegurança

Falha segundo Sun Tzu:
O general que tem medo de perder evita conflitos necessários, recua demais e enfraquece seu exército.

Como não falhar:
→ Desenvolva coragem baseada em dados, não em impulso.
→ Assuma riscos calculados.

Na gestão de pessoas:
Líderes inseguros não reconhecem talentos, não delegam e microgerenciam — sufocando o potencial do time.

Reflexão prática:

Você está protegendo seu cargo ou desenvolvendo sucessores?


4. Excesso de Rigor — Controlar pelo medo

Falha segundo Sun Tzu:
A disciplina extrema, quando aplicada sem equilíbrio, leva o exército à exaustão e à desmotivação.

Como não falhar:
→ Alinhe expectativa com empatia.
→ Seja firme com respeito e claro com humanidade.

Na gestão de pessoas:
Cobrar performance é necessário — punir falhas sem ensinar, não.
Organizações rígidas demais criam ambientes silenciosos, onde as pessoas apenas cumprem ordens.

Reflexão prática:

Seu time trabalha por propósito ou por medo de represália?


5. Falta de Comunicação Clara

Falha segundo Sun Tzu:
Ordens confusas geram desordem. Onde não há clareza, há caos.

Como não falhar:
→ Comunique antes, durante e depois.
→ Reforce prioridades e explique o porquê.

Na gestão de pessoas:
Metas vagas, orientações incompletas e expectativas não ditas criam frustração e resultados fracos.

Reflexão prática:

O que você acha que comunicou foi realmente entendido?


6. Desconhecimento do Terreno — Não entender o contexto

Falha segundo Sun Tzu:
O general que não conhece o terreno, o clima, as condições e o inimigo, falha inevitavelmente.

Como não falhar:
→ Estude o ambiente antes de agir.
→ Antecipe desafios e prepare recursos.

Na gestão de pessoas:
Isso significa conhecer:

  • a cultura da empresa
  • a maturidade da equipe
  • os perfis comportamentais
  • os indicadores do negócio
  • os limites e pressões internas

Líder que não entende o ambiente toma decisões desalinhadas, perde credibilidade e sofre resistência.

Reflexão prática:

Você lidera o time que tem ou o time que imagina ter?


7. Falta de Visão — Liderar apenas o presente

Falha segundo Sun Tzu:
O general sem visão estratégica reage ao inimigo, não o antecipa.

Como não falhar:
→ Crie um plano claro.
→ Trabalhe com metas de curto e longo prazo.

Na gestão de pessoas:
Sem visão, líderes focam apenas em apagar incêndios, desperdiçando energia e sacrificando o futuro da equipe.

Reflexão prática:

Você está conduzindo sua equipe ou apenas sobrevivendo ao dia?


Síntese: A Arte da Guerra Aplicada à Arte de Liderar Pessoas

Os erros de Sun Tzu não são apenas falhas militares — são lições eternas sobre comportamento humano, estratégia e liderança consciente.

Liderar é evitar:

  • a impulsividade que queima pontes
  • a arrogância que fecha portas
  • o medo que paralisa
  • o rigor que machuca
  • a comunicação falha que destrói
  • o desconhecimento que desorienta
  • a falta de visão que estagna

Liderar é cultivar:

  • pausa estratégica
  • humildade
  • coragem inteligente
  • empatia disciplinada
  • clareza radical
  • leitura de contexto
  • visão inspiradora

Conclusão — A verdadeira guerra é contra a nossa própria liderança

No fundo, Sun Tzu nos lembra:

“A maior vitória é aquela conquistada sem combate.”

Na gestão de pessoas, isso significa:

  • engajar sem impor,
  • inspirar sem dominar,
  • conduzir sem controlar,
  • crescer junto sem esmagar talentos.

A guerra moderna de um líder não é contra o time.
É contra os hábitos que impedem o time de florescer.

Liderar, portanto, é vencer a si mesmo — todos os dias.




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