“Abertas estão as mais profundas crateras, onde dormem os mais sofridos tormentos. Leito sacro onde hibernam nossos demônios e criaturas. Somos nuvens novas, daquelas que não viraram ao menos garoa e anseiam por trovejar. Não somos máquinas… Somos homens. Somos o nosso próprio sanatório, poupamos os alucinógenos e nos proporcionamos instantes de loucura. E a insanidade chama nossos amores pelo nome: Saudade, dor, lamúrias, sofrimento e tristeza. Somos pedaços vivos de uma atmosfera morta. Respiramos o ar repleto de suspiros dos apaixonados enquanto banhamo-nos nas chuvas de lágrimas que evaporam e arranjam morada no céu, tal qual as almas desencarnadas. Melancolia também seca e morre… Assim como os melancólicos. Não somos máquinas, mas quem dirá que somos homens? Somos a poesia que ainda não rimou, as palavras pesadas que o vento não quer levar.”
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