“Foi culpa sua, toda sua. Na anti-sala da diretoria do colégio aguardava ansioso ser chamado. Mais uma vez fui flagrado escrevendo milhares de vezes teu nome no caderno de matemática. Tantos versos se espremendo na ultima folha que se tornou um depósito de sonhos e desejos desde o primeiro momento em que te vi. Nunca fui poeta, me abstenho de comentários nas intermináveis aulas de literatura. Que me perdoem os detentores de tamanha aptidão mas meus versos só vem á tona quando te tenho em mente, você é minha única inspiração. Será que os poetas também amam assim? Eu queria poder não sentir isso na maioria das vezes, porque você me inspira ao mesmo tempo em que tira minha inspiração. Você mostra o caminho do paraíso e junto, me apresenta o atalho para o inferno. Você é o caminho mais curto e favorável de uma morte por amor, o tipo de morte do qual descrevo nos versos, o tipo de fim de tarde feliz e noite de insônia. Mas eu gosto disso, eu juro que gosto e não me vejo vivendo sem. Querendo ou não você foi, e ainda é, o final mais triste dos versos mais bonitos que escrevi.”
— | Cuidei & Elisa Bartlett |
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