Ao longo da história as sociedades passaram inúmeros mitos e curiosidades que foram – e ainda são – encarados como fatos. No entanto, não passam de folclores que escondem farsas incríveis e bastante inventivas. Vamos, então, descobrir um pouco delas? Voilà!
A gripe tem origem alemã?
Bem, de acordo com os estudos, a palavra “gripe” tem origem em um antigo idioma germânico, e não a doença. Tudo começou com “grippan”, o mesmo que “pegar”. Daí vieram em francês “gripper”, “agarrar” e em inglês “grip”, com o mesmo sentido. Em meados do século 18, na França, “grippe” virou o nome do resfriado porque pegava a pessoa subitamente de um dia para o outro. No português virou o nome do resfriado forte, mas também há a corruptela relacionada ao verbo “pegar”: “Beltrano pegou uma doença”.
De onde vem a origem da famosa guilhotina?
Até 1790, na França, os condenados à pena capital tinham suas cabeças decepadas a golpes de machado. Era um método brutal e sujo, principalmente quando o carrasco errava o golpe do pescoço e cortava metade da cabeça, por exemplo. Diferentemente do que dizem, não foi o médico Joseph Ignace Guillotin quem a inventou, mas sim a pedido dele pelo médico Antoine Louis. O que ele fez foi sugerir um método mais rápido e menos sujo de condenação à morte, sendo que este mecanismo já era usado em outras partes da Europa. Com o tempo, ela ganhou o nome do seu defensor maior: “guillotine”; outras vezes era chamada de “viúva negra”, uma vez que nos anos pós-Revolução Francesa, em Paris, matavam-se mais de 300 homens por dia através da guilhotina, deixando muitas mulheres viúvas. Antes de ser posta em prática, foram feitos vários testes com pessoas mortas; o primeiro vivo guilhotinado foi um ladrão, em 1792.
O que a histeria louca tem a ver com o útero da mulher?
Histeria foi muito trabalhada por Frued, mas é um mal muito antigo. O nome foi dado pelos gregos – “hystéra” –, vindo a ser “útero”, pois eles acreditavam que a histeria fosse causada por um desarranjo uterino, uma doença exclusivamente feminina. Esse pensamento se perpetuou por muitos séculos, sendo que o médico francês Louis Landouse afirmou que a histeria fosse uma neurose do aparelho reprodutor feminino, ocorrendo a doença sem sinal de febre mas com sinal terrível de estrangulamento. No popular, dizia-se que a histeria acontecia quando a mulher sentia “falta do marido”, se é que entendem.
Qual a origem de chamar alguém de idiota?
Tudo vem do grego: “idiós”, o mesmo que “próprio” ou “particular”. Daí originou “idioma” e “idiotés”, este que significava homem particular, ou contrário do homem público (magistrados, prefeitos, governadores, funcionários públicos). Assim, “idiotés” ganhou o sentido de ignorante na Grécia porque, diferentemente do homem público, ele desconhecia a política de sua cidade. Portanto, não seria difícil chamarmos a nós mesmos de idiotas quando falamos de alguns políticos, tudo por questões óbvias, né. Não temos as regalias que eles têm e as tamanhas facilitações.
Qual a origem da palavra “inferno”?
Tudo teve origem no latim “infernus”, derivada de “inferus”, o mesmo que “inferior” ou “subterrâneo”. De acordo com a mitologia greco-romana, os infernos eram lugares subterrâneos por onde desciam as almas para serem castigadas ou recompensadas – assim, mesmo os justos moravam no “inferno”, uma vez que ele estava localizado abaixo da terra. Foi daí que o cristianismo tirou a ideia de inferno, mas como um lugar único de tortura e punições aos de coração impuro.
A insulina que o diabético toma diariamente tem algo a ver com ilhas?
A palavra veio do francês “insuline”, que teve origem no latim “insula”, o mesmo que “ilha”. “Insula” gerou o significado de ilha em vários idiomas: português, espanhol, inglês, francês, italiano etc. O pâncreas contém um grupo de células chamadas de ilhotas de Langerhans, pesquisadas pela primeira vez em 1869, por um médico alemão com este sobrenome. Ele descobriu que elas produzem o hormônio responsável pela “queima” de glicose no sangue. Assim, essas “ilhas” produzem sua “ajudante”, a “insulina”, já que “insuline” significa “quem vem da ilha”.
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