Blog do Fabio Jr

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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Fernando Pessoa: O Enigma da Múltipla Singularidade



Fernando Pessoa (1888–1935) é uma das figuras mais enigmáticas e fascinantes da literatura universal. Sua obra transcende categorias literárias, combinando poesia, filosofia e metafísica em uma criação que é, ao mesmo tempo, múltipla e única. Pessoa não foi apenas um poeta; foi um sistema literário completo, habitado por uma diversidade de vozes que expressam as complexidades do ser e do mundo. Sua vida discreta, em contraste com a vastidão e a profundidade de sua obra, reflete o paradoxo central de sua existência: um homem que viveu intensamente dentro de si mesmo e projetou no mundo literário um universo de ideias e sentimentos.


O Contexto Biográfico e o Paradoxo da Simplicidade


Nascido em Lisboa, Pessoa passou grande parte de sua infância e adolescência na África do Sul, onde recebeu uma educação em língua inglesa, que marcaria profundamente sua formação intelectual. De volta a Portugal em 1905, Pessoa levou uma vida aparentemente ordinária, trabalhando como correspondente comercial e vivendo modestamente. No entanto, sua interioridade era um caldeirão fervilhante de criação artística, filosófica e existencial.


Pessoa nunca buscou notoriedade em vida; publicou apenas um livro em português, Mensagem (1934), uma obra patriótica e simbólica que lhe valeu reconhecimento tardio. Contudo, deixou um vasto acervo de escritos, muitos dos quais só foram descobertos após sua morte, em um célebre baú que continha milhares de páginas de poesia, ensaios, cartas e reflexões.


Essa dualidade entre a vida exterior simples e a explosão criativa interior reflete um dos temas centrais de sua obra: a multiplicidade do eu. Pessoa, mais do que escrever sobre si mesmo, escreveu para descobrir e criar múltiplas versões de si.


Os Heterônimos: A Pluralidade como Essência


Uma das contribuições mais originais de Pessoa à literatura é a criação dos heterônimos – personalidades literárias completas, com biografias, estilos e perspectivas filosóficas próprias. Esses heterônimos não são pseudônimos, mas manifestações de um eu fragmentado e múltiplo, que desafia a concepção tradicional de identidade. Entre os mais conhecidos estão:

 • Alberto Caeiro: O poeta-pastor, de estilo simples e objetivo, que celebra a natureza como algo puro e desprovido de metafísica. Em Caeiro, a sensação é tudo: “Pensar é estar doente dos olhos”. Ele rejeita a introspecção e busca na simplicidade da natureza uma verdade imediata e sensorial.

 • Ricardo Reis: Um classicista, profundamente influenciado pelo estoicismo e pelo epicurismo, cuja poesia reflete a fugacidade da vida e a busca de serenidade diante da inevitabilidade da morte. Reis é o heterônimo que convida à contemplação racional: “Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo.”

 • Álvaro de Campos: O engenheiro futurista, marcado pela intensidade emocional e pela exaltação das sensações modernas. Sua poesia alterna entre o entusiasmo pela modernidade e o desencanto existencial, com versos que são explosões de emoção e intelectualidade.

 • Fernando Pessoa, ele mesmo: O “ortônimo” não é menos complexo que os heterônimos. Sua poesia é marcada por uma profunda reflexão metafísica e pela exploração do mistério da existência. Pessoa, em sua própria voz, reflete a consciência de um universo incognoscível, onde a dúvida e o desejo de transcendência coexistem.


Essa pluralidade reflete o grande dilema pessoano: o eu é uno ou múltiplo? Para Pessoa, a identidade é um jogo, um teatro em que as máscaras são tão reais quanto quem as usa. “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples. Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus.”


Os Grandes Temas Pessoanos


 1. A Fragmentação do Eu

O problema da identidade é central em Pessoa. Sua obra é uma investigação contínua do eu como algo inatingível e indefinido. O famoso verso “Eu sou o intervalo entre o que sou e o que não sou” encapsula essa crise existencial, que ressoa com a filosofia moderna, particularmente com as ideias de Kierkegaard, Nietzsche e Freud.

 2. O Sensacionismo e o Modernismo

Pessoa participou ativamente do movimento modernista em Portugal, colaborando com revistas como Orpheu (1915). O sensacionismo, um dos pilares de sua estética, defende que a arte deve capturar todas as sensações humanas, explorando a multiplicidade de perspectivas e a intensidade emocional da experiência.

 3. A Angústia da Existência

Embora profundamente metafísico, Pessoa não oferece respostas definitivas. Sua poesia é permeada pela dúvida, pela busca de sentido em um universo indiferente. Ele celebra a dúvida como força criativa: “Sentir tudo de todas as maneiras, viver tudo de todos os lados, ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo.”

 4. Portugal e o Sebastianismo

Em Mensagem, Pessoa apresenta uma visão mítica de Portugal, enraizada no sebastianismo e na saudade de uma glória perdida. Aqui, ele emerge como um poeta profético, combinando nacionalismo e espiritualidade em uma visão de futuro.


O Legado de Pessoa


A obra de Fernando Pessoa é inesgotável em sua profundidade e alcance. Seus escritos dialogam com a literatura universal, ecoando temas e estilos que vão de Shakespeare a Whitman, de Rimbaud a Baudelaire. No século XX, sua redescoberta pela crítica literária o elevou ao panteão dos grandes poetas modernos, ao lado de Eliot e Yeats.


Pessoa não é apenas um poeta português; ele é um poeta do mundo, cuja obra transcende fronteiras linguísticas e culturais. Suas reflexões sobre identidade, existência e criação artística continuam a ressoar em um mundo marcado pela fragmentação e pela busca de sentido.


Conclusão: A Eternidade de Pessoa


Fernando Pessoa é o poeta da multiplicidade e do mistério. Ele desafiou as convenções da literatura, oferecendo uma visão radicalmente nova da identidade e da criatividade. Sua obra, tanto pela profundidade filosófica quanto pela riqueza estilística, permanece uma fonte inesgotável de inspiração e reflexão.


Como ele próprio escreveu:

“Tudo vale a pena se a alma não é pequena.”

E em Pessoa, a alma não só não é pequena, como abarca mundos inteiros, reais e imaginários, deixando-nos para sempre à margem de sua vastidão insondável.


Oliver Harden






domingo, 10 de novembro de 2024

Os benefícios de quem toca um instrumento

 Tocar um instrumento oferece diversos benefícios, tanto para o corpo quanto para a mente.

Em resumo, tocar um instrumento é uma atividade completa que contribui para um desenvolvimento integral, tanto na infância quanto na vida adulta.

Veja:




Gestão de Lead Time de Produção: Otimizando seus Processos


O que é Lead Time de Produção?

É o tempo total que leva para transformar uma matéria-prima em um produto final, pronto para entrega. Isso inclui desde o momento em que um pedido é feito até a sua conclusão, passando por todas as etapas do processo produtivo.

Por que a Gestão do Lead Time é Importante?

Satisfação do Cliente: Entregas mais rápidas aumentam a satisfação dos clientes e a fidelidade à marca.

Redução de Custos: A otimização do processo reduz custos com estoques, mão de obra e outros recursos.

Melhoria da Eficiência: Identifica gargalos e permite a alocação mais eficiente de recursos.

Aumento da Competitividade: Empresas com menor lead time são mais competitivas no mercado.

Como Reduzir o Lead Time?

Mapeamento dos Processos: Identifique todas as etapas do processo e seus tempos de execução.

Eliminação de Desperdícios: Reduza atividades que não agregam valor ao produto final.

Otimização de Estoques: Mantenha apenas o necessário para atender a demanda.

Melhoria da Comunicação: Garanta que todas as áreas envolvidas estejam alinhadas.

Uso de Tecnologia: Utilize ferramentas de gestão para acompanhar o processo em tempo real.

Flexibilização da Produção: Adapte a produção às demandas do mercado.

Benefícios da Gestão Eficiente do Lead Time:

Maior previsibilidade: Planejamento mais preciso da produção.

Melhor controle de qualidade: Identificação de problemas mais rápida.

Aumento da capacidade produtiva: Utilização mais eficiente dos recursos.

Redução de custos: Menor tempo de produção significa menor custo.

Ferramentas para Gestão do Lead Time:

Kanban: Visualiza o fluxo de trabalho e identifica gargalos.

5S: Organiza o ambiente de trabalho e otimiza processos.

TPM: Melhora a manutenção dos equipamentos e reduz paradas.

Sistemas ERP: Integram as informações da empresa e facilitam a gestão.

Conclusão

A gestão eficiente do lead time é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Ao otimizar seus processos, você pode reduzir custos, aumentar a satisfação dos clientes e se destacar no mercado.




sábado, 9 de novembro de 2024

Gestão Lean: Simplificando a sua Produção


O que é Gestão Lean?

A Gestão Lean, ou produção enxuta, é uma filosofia de trabalho focada em eliminar desperdícios e maximizar o valor para o cliente. Originada no sistema de produção da Toyota, ela busca otimizar processos, reduzir custos e melhorar a qualidade dos produtos e serviços.

Principais conceitos:

Valor: Tudo o que o cliente está disposto a pagar.

Desperdício: Qualquer atividade que não agrega valor ao produto ou serviço final.

Melhoria contínua: Busca constante por aperfeiçoamento dos processos.

5 princípios da Gestão Lean:

Gestão Lean: Simplificando a sua Produção o valor: Defina o que é realmente importante para o cliente.

Mapear o fluxo de valor: Visualize todo o processo de criação do produto ou serviço.

Criar fluxo contínuo: Elimine interrupções e gargalos no processo.

Estabelecer a produção puxada: Produza apenas o necessário e quando necessário.

Buscar a perfeição: Melhore continuamente todos os processos.

Benefícios da Gestão Lean:

Redução de custos: Eliminando desperdícios e otimizando processos.

Aumento da qualidade: Foco na perfeição e na satisfação do cliente.

Maior flexibilidade: Capacidade de adaptar-se rapidamente a mudanças.

Melhoria da produtividade: Otimização do tempo e dos recursos.

Como implementar a Gestão Lean:

Análise dos processos: Identificar e eliminar desperdícios.

Treinamento dos colaboradores: Engajar a equipe na busca pela melhoria contínua.

Uso de ferramentas: Mapas de valor, Kanban, 5S, etc.

Cultura organizacional: Criar um ambiente de inovação e melhoria contínua.






Como mudar seu mindset diariamente


Mudar o mindset é como treinar um músculo: quanto mais você exercita, mais forte ele fica. Aqui estão algumas dicas para te ajudar a transformar sua forma de pensar todos os dias:

Gratidão: Comece o dia listando 3 coisas pelas quais você é grato. Isso muda o foco para o positivo.

Afirmações: Repita frases positivas sobre si mesmo. Por exemplo: "Sou capaz", "Mereço o melhor".

Visualização: Imagine seus objetivos como se já fossem realidade. Isso aumenta sua motivação.

Aprendizado: Dedique um tempo para aprender algo novo todos os dias. Seja um novo conceito, uma habilidade ou uma palavra.

Meditação: A meditação ajuda a acalmar a mente e a ter mais clareza.

Exercícios: A atividade física libera endorfina, o hormônio do bem-estar, e melhora o humor.

Conecte-se com a natureza: Passe algum tempo ao ar livre para se conectar com a natureza e reduzir o estresse.

Rodeie-se de pessoas positivas: A energia das pessoas ao seu redor influencia seu mindset.

Leia livros inspiradores: A leitura expande sua mente e te inspira a alcançar seus objetivos.

Mantenha um diário: Escrever seus pensamentos e sentimentos ajuda a organizar suas ideias e a ter mais autoconhecimento.

Lembre-se: Mudar o mindset é um processo gradual. Seja paciente consigo mesmo e celebre suas pequenas vitórias.



12 Princípios da Melhoria Contínua


A melhoria contínua é um processo que busca aperfeiçoar constantemente produtos, serviços e processos. Ela se baseia em 12 princípios fundamentais:

Manutenção do propósito: Manter o foco nos objetivos a longo prazo da organização.

Comprometimento com a qualidade: Buscar a excelência em tudo o que se faz.

Foco no consumidor e envolvimento: Entender as necessidades dos clientes e envolvê-los no processo de melhoria.

Orientação em processos: Analisar e otimizar os processos de trabalho.

Melhoria contínua: Buscar sempre novas formas de melhorar.

Administração centrada em um sistema: Ver a organização como um sistema interligado.

Investimento em conhecimento: Desenvolver as habilidades e conhecimentos dos colaboradores.

Trabalho em equipe: Promover a colaboração e o trabalho em equipe.

Os problemas são oportunidades: Enxergar os problemas como chances de aprendizado e crescimento.

Melhoria nas intervenções: Buscar constantemente formas de melhorar a eficácia das ações.

Uma política definida: Estabelecer uma política clara para a melhoria contínua.

Uma estrutura de cima para baixo: Criar uma estrutura organizacional que suporte a melhoria contínua.




Lindas ideias de arte para garrafas de plástico

 Ótimas ideias para te inspirar:

























A história do PVC

 A história do PVC (policloreto de vinil) começou em 1872 quando o químico alemão Eugen Baumann descobriu acidentalmente ao deixar um frasco de cloreto de vinil exposto à luz solar, o que resultou na formação de um sólido branco.


 No entanto, só no início do século XX começaram a explorar as suas aplicações práticas. Em 1926, o químico Waldo Semon, trabalhando para a B.F. Goodrich Company nos EUA, desenvolveu um método para tornar o PVC mais flexível e fácil de processar, permitindo o seu uso em uma variedade de produtos.


O PVC rapidamente se tornou um material versátil e robusto, ideal para aplicações na construção, como tubos, revestimentos de cabos e outros produtos devido à sua durabilidade e resistência à água e corrosão. Durante a Segunda Guerra Mundial, o PVC foi amplamente utilizado em aplicações militares, o que impulsionou a sua produção e desenvolvimento.


Nas décadas seguintes, o PVC se popularizou na indústria da construção e em produtos diários, como cartões de crédito, brinquedos e móveis, graças ao seu baixo custo e facilidade de fabricação. Hoje em dia, o PVC é um dos plásticos mais utilizados no mundo, e continua sendo uma parte essencial da infraestrutura moderna e de muitos produtos de uso diário.




Agamenon, o líder que se equilibra entre o dever e as paixões pessoais

Agamenon, figura central da *Ilíada* de Homero e rei de Micenas, é retratado como o comandante das forças gregas na Guerra de Troia. Sua posição de líder do exército unido dos gregos é ao mesmo tempo uma fonte de poder e tensão. Filho de Atreu e irmão de Menelau, rei de Esparta, Agamenon entra na guerra para apoiar seu irmão, cuja esposa, Helena, foi raptada por Paris, príncipe de Troia. Essa afronta é não apenas pessoal para Agamenon e Menelau, mas também uma questão de honra para todos os gregos, uma ofensa a ser reparada com a destruição de Troia.


Homero caracteriza Agamenon como um líder orgulhoso, determinado e muitas vezes inflexível, traços que, por um lado, inspiram lealdade, mas por outro, também criam inimizades. Um dos momentos mais marcantes envolvendo Agamenon na *Ilíada* é o conflito com Aquiles, o maior guerreiro grego. O conflito surge quando Agamenon é forçado a devolver Criseida, sua escrava e prêmio de guerra, para aplacar a ira do deus Apolo e acabar com uma peste que assola o exército. Em troca, ele exige Briseida, uma prisioneira de guerra e companheira de Aquiles. Aquiles, indignado pela perda de sua honra, se retira da guerra, enfraquecendo as forças gregas e levando a uma série de derrotas até que ele retorne.


Além de sua atuação na guerra, Agamenon é envolto em um destino trágico. Antes de partir para Troia, ele sacrifica sua filha, Ifigênia, para aplacar a deusa Ártemis e obter ventos favoráveis para a travessia do mar Egeu. Esse ato, impulsionado pela devoção ao dever militar, é também uma fonte de infortúnio, pois gera uma maldição que o persegue até seu retorno. Após a queda de Troia e sua volta a Micenas, Agamenon é assassinado por sua esposa, Clitemnestra, e seu amante, Egisto. Clitemnestra, enfurecida pelo sacrifício de Ifigênia e ressentida com Agamenon, trama sua morte em vingança, o que culmina em uma série de eventos trágicos que serão explorados nas obras de dramaturgos gregos como Ésquilo.


Agamenon representa, na tradição literária grega, a complexidade do líder que se equilibra entre o dever e as paixões pessoais, o orgulho e a responsabilidade coletiva. Como herói trágico, ele encarna os dilemas e os excessos dos reis míticos da Grécia antiga, onde a busca pela honra frequentemente se confronta com o destino inescapável imposto pelos deuses e pelo peso das escolhas humanas.




A TEORIA DO PÊNDULO DE SCHOPENHAUER



A “Teoria do Pêndulo” exposta pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer, é uma metáfora profunda que busca descrever a oscilação constante entre dois estados opostos e inevitáveis na vida humana: o DESEJO e o TÉDIO.


Schopenhauer afirma que a experiência humana se assemelha a um pêndulo que oscila perpetuamente entre o SOFRIMENTO DO DESEJO INSATISFEITO e o VAZIO DO TÉDIO.


Essa visão reflete a filosofia pessimista do autor, que vê a existência como marcada pelo SOFRIMENTO e pela INSATISFAÇÃO, uma consequência direta da própria natureza do DESEJO.


Para Schopenhauer, a vida é movida por um IMPULSO cego e incessante que ele chama de VONTADE. 


Essa VONTADE é a força fundamental que impulsiona todos os seres vivos a buscar a SATISFAÇÃO de seus DESEJOS. 


No entanto, a SATISFAÇÃO é EFÊMERA, e assim que um desejo é realizado, um novo surge, colocando o indivíduo em um ciclo interminável de ANSEIO e FRUSTRAÇÃO. 


O SOFRIMENTO, portanto, é inerente à condição humana, pois somos continuamente impulsionados por DESEJOS que nos conduzem a um estado de CARÊNCIA. 


Quando finalmente alcançamos o objeto de nosso desejo, o pêndulo se move para o extremo oposto: o TÉDIO.


O TÉDIO, na visão de Schopenhauer, é o estado em que o indivíduo, ao não encontrar estímulos, se sente esvaziado, sem direção ou propósito. 


Este sentimento é tão DOLOROSO quanto o DESEJO INSATISFEITO, pois revela a vacuidade da existência e a AUSÊNCIA de SIGNIFICADO duradouro. 


A oscilação entre o DESEJO e o TÉDIO evidencia, para Schopenhauer, a trágica natureza da vida humana, uma vez que ambos os estados representam formas distintas de SOFRIMENTO: o primeiro pela AUSÊNCIA do que se deseja, e o segundo pelo VAZIO que surge quando o DESEJO é momentaneamente saciado.


A TEORIA DO PÊNDULO de Schopenhauer também explora as limitações do HEDONISMO e do MATERIALISMO como soluções para a condição humana. 


Se tentamos encontrar sentido na BUSCA CONTÍNUA POR PRAZER e realizações, acabamos presos na mesma oscilação: a busca desenfreada por gratificação e o esgotamento que inevitavelmente segue. 


Schopenhauer acredita que a verdadeira PAZ não pode ser encontrada nesse ciclo, pois a VONTADE É INSACIÁVEL; sempre haverá NOVOS DESEJOS, e o VAZIO DO TÉDIO estará à espreita quando esses desejos forem satisfeitos.


Em uma análise crítica, Schopenhauer não apenas aponta a insuficiência dos prazeres mundanos, mas também indica uma possível saída, que ele encontra no ascetismo e na renúncia da vontade. 


Para Schopenhauer, os indivíduos que conseguem escapar do ciclo do pêndulo, embora raros, são aqueles que REJEITAM a busca incessante pelos PRAZERES e BENS MATERIAIS, escolhendo uma vida de contemplação e autodomínio.


Esta é uma tentativa de transcender a própria VONTADE, alcançando uma espécie de SERENIDADE que não depende do cumprimento de desejos, mas de sua própria superação.


A relevância da TEORIA DO PÊNDULO de Schopenhauer reside em seu poder explicativo da experiência humana e de suas OSCILAÇÕES EMOCIONAIS. 


Sua concepção de que o SOFRIMENTO é uma condição intrínseca à EXISTÊNCIA e que o DESEJO é ao mesmo tempo a força vital e a fonte do tormento permite uma compreensão profunda das LIMITAÇÕES HUMANAS. 


Ao sugerir que a PAZ só é possível pela RENÚNCIA AO DESEJO, Schopenhauer desafia a ideia moderna de que a FELICIDADE está no CONSUMO ou na realização contínua de DESEJOS. 


Schopenhauer nos convida, em vez disso, a refletir sobre o significado real da SATISFAÇÃO e sobre como a libertação do SOFRIMENTO pode ser alcançada através de um ENTENDIMENTO mais profundo de nossas próprias VONTADES.


Assim, a TEORIA DO PÊNDULO de Schopenhauer continua sendo uma reflexão poderosa sobre a natureza cíclica do SOFRIMENTO humano e a busca incansável por SIGNIFICADO.


Ela nos provoca a questionar nossos próprios DESEJOS e, talvez, a contemplar uma forma de vida menos dependente da busca incessante por SATISFAÇÃO, apontando para uma possibilidade de serenidade que transcende o incessante movimento do pêndulo entre o DESEJO e o TÉDIO.


Oliver Harden




O que é o conhecimento, segundo grandes pensadores da humanidade

 O conhecimento.


Para Sócrates: Sócrates acreditava que o verdadeiro conhecimento começa com a admissão da ignorância. Ele dizia: "Só sei que nada sei". Através do método socrático, que envolve diálogo e perguntas rigorosas, ele acreditava que poderíamos nos aproximar da verdade ao desmontar preconceitos e ideias falsas, promovendo uma compreensão mais profunda dos conceitos.


Para Platão: Platão, aluno de Sócrates, acreditava que o conhecimento verdadeiro provém do mundo das ideias, também conhecido como mundo das formas. Em "A República", ele utilizou o famoso exemplo da "Alegoria da Caverna" para explicar como o mundo físico é simplesmente uma sombra do mundo real das ideias. Nesta alegoria, os prisioneiros acorrentados em uma caverna veem apenas sombras projetadas nas paredes, acreditando que essas sombras são a realidade. Somente ao se libertarem e saírem da caverna, eles podem ver a verdadeira luz do sol, que simboliza o conhecimento e a verdade, acessíveis através do raciocínio filosófico. Platão também desenvolveu a teoria das formas, onde as ideias são entidades abstratas que existem independentemente do mundo material e que representam a verdadeira realidade.


Para Aristóteles: Aristóteles, aluno de Platão, acreditava que o conhecimento provinha da experiência sensorial e da observação. Ele defendia a ideia de que a mente humana pode compreender o mundo ao coletar e analisar dados, baseando suas conclusões em evidências empíricas. Aristóteles também desenvolveu a metodologia científica baseada na lógica e na análise cuidadosa dos fenômenos naturais, propondo que o conhecimento pode ser adquirido de forma sistemática através da indução e dedução. Além disso, ele introduziu as quatro causas (causa material, causa formal, causa eficiente e causa final) como um meio de explicar os fenômenos naturais de maneira abrangente.


Para Descartes: Descartes, o famoso filósofo francês, disse a famosa frase: "Penso, logo existo". Ele acreditava que o pensamento e a dúvida eram a base do verdadeiro conhecimento. Para ele, a razão é a ferramenta básica para alcançar o conhecimento. Descartes enfatizou a importância do método cartesiano, que envolve a dúvida metódica e a análise crítica como meio para alcançar a verdade.


Para Immanuel Kant: Kant tentou conciliar razão e experiência. Ele acreditava que o conhecimento surge da interação da mente com o mundo físico e que temos limites ao que podemos saber. Ele dizia que há coisas que a mente humana não pode compreender plenamente, chamadas de “a coisa em si mesma” (noumenon), enquanto o que percebemos são os fenômenos. Para Kant, a estrutura da mente humana molda nossas experiências, e o conhecimento é limitado pelas capacidades e categorias da mente.


Para John Locke: John Locke, o filósofo inglês, acreditava que a mente humana era uma tábua rasa (tabula rasa) e que o conhecimento provém da experiência sensorial e da interação com o mundo exterior. Ele argumentava que todas as ideias e conhecimentos são derivados da experiência, seja através da percepção direta ou da reflexão sobre essas percepções.


Para David Hume: Hume duvidava da possibilidade de alcançar um conhecimento verdadeiro e absoluto. Ele acreditava que nosso conhecimento se baseia na experiência e no hábito, e que a mente não pode alcançar uma certeza absoluta. Hume argumentava que as nossas percepções e ideias são apenas associações baseadas na experiência repetida, e questionava a validade da causalidade e da indução.


O que você acha?


Quer você acredite que o conhecimento provém da razão ou da experiência, compreender esses pontos de vista pode abrir novos horizontes em seu pensamento.





domingo, 3 de novembro de 2024

10 Erros Comuns em Entrevistas de Emprego que Você Deve Evitar:


 Falta de pontualidade: Chegar atrasado mostra desrespeito pelo tempo dos outros.

Vestimenta inadequada: Sua aparência reflete sua profissionalidade.

 Não pesquisar sobre a empresa: Demonstre interesse e conhecimento sobre a organização.

Linguagem corporal fechada: Mantenha uma postura aberta e confiante.

Falar mal de empregos anteriores: Foque em suas conquistas e aprendizados.

Não ter perguntas: Demonstre interesse na vaga e na empresa.

Mentir sobre suas qualificações: A verdade sempre vem à tona.

Usar o celular durante a entrevista: Mantenha o foco na conversa.

Não saber o que falar sobre si mesmo: Prepare um resumo conciso sobre sua carreira.

Não agradecer pela oportunidade: Demonstre gratidão e profissionalismo.

Dica extra: Pratique suas respostas antes da entrevista. Isso te deixará mais seguro e confiante.





A Lenda dos Templários no Brasil


A teoria de que os cavaleiros templários chegaram ao Brasil antes dos portugueses é uma narrativa cativante, permeada por mistério e intriga. No entanto, ao mergulharmos nas fontes históricas, encontramos mais perguntas do que respostas concretas.

Por que a teoria persiste?

O fascínio pelos templários: A ordem dos templários, com seus rituais secretos, riqueza e enigmático fim, sempre despertou a imaginação popular.

A busca por tesouros perdidos: A lenda de que os templários esconderam grandes tesouros em diversas partes do mundo alimenta a busca por pistas e evidências.

A conexão com a Ordem de Cristo: A forte ligação entre a Ordem de Cristo, que patrocinou a expedição de Cabral, e os templários fortalece a ideia de uma possível influência templária na colonização do Brasil.

Desvendando os mitos

Embora a teoria seja tentadora, as evidências históricas são extremamente escassas e muitas vezes baseadas em interpretações subjetivas.

Falta de registros: Não há documentos contemporâneos que comprovem a presença de templários nas Américas antes dos europeus.

Dificuldade das viagens: As viagens transatlânticas eram empreitadas complexas e arriscadas, exigindo recursos e conhecimentos náuticos que os templários, mesmo com suas supostas habilidades, dificilmente possuíam em número suficiente.

Interpretações duvidosas: Muitas das evidências apresentadas, como símbolos e construções, podem ser explicadas por outras influências culturais e históricas.

A Ordem de Cristo: Um elo importante

A Ordem de Cristo, sucessora espiritual dos templários, desempenhou um papel fundamental na colonização do Brasil. Muitos de seus membros eram ex-templários, levando consigo conhecimentos e rituais da antiga ordem. Essa conexão histórica pode explicar a presença de alguns símbolos e tradições que remetem aos templários no Brasil colonial.

Conclusão

A teoria dos templários no Brasil é uma narrativa fascinante, mas que carece de embasamento histórico sólido. É importante separar fato de ficção e analisar as evidências com um olhar crítico. A ausência de provas concretas e a dificuldade em conciliar a teoria com os conhecimentos históricos disponíveis nos levam a concluir que a presença dos templários no Brasil antes dos portugueses, embora romanticamente atraente, permanece no reino da especulação.




GEOGRAFIAS PRÉ-COLOMBIANAS



No período anterior à chegada de Cristóvão Colombo à América,  em 1492, o continente abrigou três grandes civilizações. 


Assim, os Incas, os Maias e os Astecas foram civilizações pré-colombianas que habitavam o atual continente americano em diferentes épocas. São conhecidas por representarem grandes impérios com complexos sistemas organizacionais e culturais.


Esses povos surgiram antes do aparecimento dos primeiros europeus em terras americanas, por isso são classificados como pré-colombianos (referência à Cristóvão Colombo, um dos primeiros exploradores da Europa a chegar às Américas).


Atualmente, muitas pessoas confundem a localidade e o período em que cada uma dessas civilizações surgiu, assim como as suas particularidades, por exemplo.


A construção e o desenvolvimento de complexas organizações sociais, econômicas e políticas, além das grandiosas obras arquitetônicas, são algumas das características em comum entre os maias, os astecas e os incas.


Diferenças entre os Incas, Maias e Astecas

A civilização Maia surgiu por volta do ano 2.500 antes de Cristo, atingindo o seu ápice de desenvolvimento entre os séculos VIII e IX. Nessa época, os maias dominavam a atual região sul do México, a Guatemala, El Salvador, Honduras e Belize.


Já os Incas habitavam a região da Cordilheira dos Andes, na América do Sul, onde atualmente estão localizados o Peru, o Chile, o Equador e a Bolívia.


O império Inca teria surgido por volta de 3 mil anos antes de Cristo e resistiu até meados do século XVI, com a chegada dos invasores europeus. Mesmo sendo tão antiga, o desenvolvimento da cultura inca só se intensificou a partir do século XIII.


Os Astecas, por sua vez, são os mais “novos” e os que tiveram o menor tempo de existência. Surgiram em meados do século XIV e entraram em declínio no século XVI, quando o seu território começou a ser atacado por invasores espanhóis.


Ao contrário dos Astecas e dos Maias, os Incas não desenvolveram um padrão de escrita. No entanto, criaram um elaborado sistema matemático baseado em nós distribuídos ao longo de diferentes cordas.


Outra particularidade dos Incas é a sua língua oficial: o quéchua, que nos dias de hoje continua a ser utilizado em diversas localidades do Peru.


Os Maias não possuíam um idioma oficial, mas sim diferentes dialetos. Os Astecas, por sua vez, falavam o nahuatl.


Na sociedade maia não existia a mobilidade social, ou seja, os membros das classes mais baixas não conseguiam ascender a patamares sociais mais elevados. Porém, a ascensão social era possível entre os povos. 





Uma Cidade Construída na Era Glacial?



É possível que uma civilização desaparecida tenha construído uma cidade durante a era glacial, antes do derretimento das geleiras? Esta é a conclusão surpreendente a que se chegou ao analisar as ruínas da "Veneza do Pacífico", a cidade semi-submersa de Nan Madol. 

Como se chegou a esta conclusão?

Dizer de imediato que Nan Madol, tal como Veneza, está construída sobre uma centena de ilhotas. A cidade está situada no oceano Pacífico, a mais de 1.000 km da costa mais próxima, ligada à ilha de Temwen. As primeiras pesquisas pareciam indicar que os construtores desta cidade eram os Saudeleurs, há cerca de 800 anos. Mas as investigações posteriores revelaram o contrário. Do que se trata?

Na nossa época, apenas algumas ruínas emergem da água, pois o mar cobriu quase totalmente a cidade. As paredes de Nan Madol começam a erguer-se abaixo do nível do mar. Alguns dos blocos utilizados pesam até 40 toneladas. É impossível construir as paredes debaixo de água. Portanto, a cidade de Nan Madol deve ter estado situada a uma altura superior ao nível do mar quando foi construída. Como é que hoje se encontra em parte abaixo do nível do mar? Afundou-se? Não! Segundo os geólogos, os ilhotas onde se encontra Nan Madol nunca se afundaram sob o mar devido a fenómenos geológicos como o bradysismo.

Se os ilhotas onde se encontra a cidade não se afundaram sob o nível do mar, isso significa que foi o mar que elevou o seu nível, inundando a cidade. Nan Madol, como já dissemos, está situada no meio do oceano Pacífico. Quando é que o oceano Pacífico subiu pela última vez? A última vez que o oceano Pacífico se elevou de forma significativa (mais de 100 metros) foi após o último degelo, há 14.000 anos, quando o gelo que cobria a maior parte da Europa do Norte e da América do Norte derreteu. O derretimento de geleiras tão grandes como continentes inteiros forneceu aos oceanos, incluindo o Pacífico, a massa de água necessária para subir.

Para estar parcialmente submersa pelo oceano Pacífico, a cidade de Nan Madol deve, portanto, já estar construída nessa época. Mas afirmar isto seria dizer que Nan Madol é mais antiga cerca de 14.000 anos. Isso significaria que se trata da primeira cidade a ter sido construída. Para muitos, isso é simplesmente inaceitável, e é por isso que a Wikipédia indica que Nan Madol foi construída no século II d.C. pelos Saudeleurs. Mas isso refere-se apenas à data dos restos humanos mais antigos encontrados na ilha, e não à data da sua construção.

Como é que os construtores transportaram mais de 100.000 toneladas de rochas vulcânicas "do outro lado do mar" para construir a centena de ilhotas sobre as quais se encontra Nan Madol? Na verdade, Nan Madol não está construída em terra, mas no mar, tal como Veneza. Todas as rochas que compõem Nan Madol são "rochas magnéticas". Se você aproximar uma bússola da rocha, ela enlouquece. O magnetismo da rocha tem algo a ver com os métodos de transporte utilizados para Nan Madol.





sábado, 2 de novembro de 2024

EBITDA: Desvendando o "Motor" das Empresas


O que é EBITDA?

Imagine o EBITDA como o "motor" de uma empresa. Ele mostra a força da empresa em gerar lucro a partir de suas operações principais, antes de considerar outros fatores como juros, impostos e gastos contábeis. Em resumo, o EBITDA é o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.

Por que ele é importante?

Comparação justa: Ao retirar fatores como juros e impostos, que podem variar muito de uma empresa para outra, o EBITDA permite comparar o desempenho operacional de empresas diferentes, mesmo que tenham tamanhos ou estruturas de capital distintas.

Visão clara: O EBITDA oferece uma visão mais clara da saúde financeira da empresa, mostrando sua capacidade de gerar caixa a partir de suas atividades principais.

Decisões de investimento: É um indicador chave para investidores, que o utilizam para avaliar o potencial de crescimento e a rentabilidade de uma empresa.

Como ele funciona na prática?

Imagine uma fábrica de sapatos. O EBITDA dessa fábrica mostraria o lucro obtido com a venda dos sapatos, antes de pagar os juros de um empréstimo para comprar máquinas, os impostos sobre o lucro e os gastos para repor as máquinas que se desgastaram com o tempo (depreciação).

Mas atenção:

O EBITDA não é a única métrica que deve ser analisada ao avaliar uma empresa. É importante considerar outros indicadores e a situação específica da empresa. Por exemplo, uma empresa com um alto EBITDA pode ter uma dívida muito elevada, o que pode ser um sinal de risco.

Como Calcular o EBITDA na Prática

O EBITDA é um indicador financeiro bastante utilizado para avaliar a saúde financeira de uma empresa. Mas como ele é calculado?

Fórmula básica:

EBITDA = Lucro Operacional (EBIT) + Depreciação + Amortização

Quebrando a fórmula:

Lucro Operacional (EBIT): É o lucro obtido pelas operações da empresa, antes de considerar os juros e os impostos.

Depreciação: É a redução gradual do valor de um ativo físico (como máquinas e equipamentos) ao longo de sua vida útil.

Amortização: É semelhante à depreciação, mas se aplica a ativos intangíveis (como patentes e marcas).

Exemplo Prático:

Imagine uma fábrica de móveis. Para calcular o EBITDA dessa fábrica, você precisaria:

Identificar o lucro operacional: Esse valor está presente nas demonstrações financeiras da empresa.

Somar a depreciação: Por exemplo, se as máquinas da fábrica perderam R$ 100.000 em valor durante o período, esse valor seria adicionado ao lucro operacional.

 Somar a amortização: Se a empresa tiver alguma patente e seu valor tiver sido reduzido em R$ 50.000, esse valor também seria adicionado.

Por que adicionar depreciação e amortização?

Fluxo de caixa: A depreciação e a amortização são gastos contábeis que não envolvem saída de caixa no período. Ao adicioná-los ao lucro operacional, obtemos uma estimativa mais próxima do caixa gerado pelas operações da empresa.

Comparabilidade: Ao incluir esses itens, o EBITDA permite comparar empresas de diferentes setores e com diferentes políticas contábeis.

Onde encontrar os dados:

Os dados necessários para calcular o EBITDA podem ser encontrados nas demonstrações financeiras da empresa, como a demonstração do resultado e o fluxo de caixa.

Limitações do EBITDA

Embora o EBITDA seja um indicador financeiro muito útil para avaliar a performance operacional de uma empresa, ele possui algumas limitações que devem ser consideradas ao analisá-lo:

Não considera o endividamento: O EBITDA não leva em conta o pagamento de juros, que é uma obrigação financeira importante para empresas endividadas. Uma empresa com um alto EBITDA, mas com uma dívida elevada, pode ter dificuldades em gerar caixa suficiente para honrar seus compromissos financeiros.

Ignora gastos de capital: A depreciação e a amortização, que são adicionadas ao lucro operacional para calcular o EBITDA, representam a perda de valor de ativos ao longo do tempo. No entanto, para manter as operações, as empresas precisam investir em novos ativos, e esses gastos não são refletidos no EBITDA.

Pode mascarar problemas: Em alguns casos, o EBITDA pode mascarar problemas operacionais da empresa. Por exemplo, uma empresa pode aumentar seu EBITDA cortando gastos com manutenção ou adiando investimentos, o que pode levar a problemas a longo prazo.

Não é um indicador de lucratividade: O EBITDA não é sinônimo de lucro líquido. Ele não considera os impostos, que são uma obrigação legal para as empresas. Além disso, empresas com grandes perdas não operacionais podem apresentar um EBITDA positivo, mesmo que sejam financeiramente inviáveis.

Dificuldade de comparação: A forma como as empresas calculam o EBITDA pode variar, o que dificulta a comparação entre diferentes empresas.

Em resumo:

O EBITDA é uma ferramenta útil, mas não deve ser utilizado isoladamente para avaliar a saúde financeira de uma empresa. É fundamental analisar outros indicadores financeiros, como o fluxo de caixa, a dívida líquida e a margem líquida, para obter uma visão mais completa da situação da empresa.

Quando usar o EBITDA com cautela:

Empresas com alto endividamento: O EBITDA pode superestimar a capacidade de geração de caixa de empresas com dívidas elevadas.

Empresas com grandes investimentos em capital: O EBITDA pode não refletir adequadamente as necessidades de investimento da empresa.

Indústrias com altas taxas de depreciação: Em indústrias com ativos que se depreciam rapidamente, o EBITDA pode ser menos relevante.

Para complementar sua análise:

 Fluxo de caixa: Mostra a geração e o uso de caixa pela empresa, o que é fundamental para avaliar sua liquidez.

 Dívida líquida: Indica o nível de endividamento da empresa em relação a seus ativos.

Margem líquida: Mostra a porcentagem do lucro líquido em relação à receita líquida, indicando a rentabilidade da empresa.


Em resumo:

O EBITDA é uma ferramenta poderosa para entender o desempenho de uma empresa. Ele oferece uma visão simplificada do lucro operacional, permitindo que investidores, analistas e gestores tomem decisões mais informadas.



Os Mouros africanos

 "Os Mouros foram um grupo de habitantes norte-africanos que conquistaram e governaram a Espanha por quase 781 anos, de 711 a 1492. Eles entraram na Península Ibérica, Espanha, depois de cruzarem o Estreito de Gibraltar, passando por Marrocos. Os mouros africanos eram conhecidos por suas excepcionais habilidades em arquitetura e engenharia e construíram inúmeras estruturas impressionantes, como universidades e mesquitas na Espanha, que ainda se mantêm de pé até hoje. Eles fizeram importantes contribuições em diversos campos, incluindo Matemática, Medicina, Química, Filosofia, Astronomia, Botânica, Alvenaria e História. Os mouros africanos foram os primeiros a introduzir na Europa o uso de números árabes, que ainda são utilizados hoje. Eles também fizeram avanços significativos na medicina, desenvolveram tratamentos para diversas doenças e criaram manuais médicos que foram amplamente utilizados. Além disso, os mouros africanos eram astrónomos hábeis e desenvolveram técnicas avançadas para medir o tempo e determinar a posição dos corpos celestes. Eles também deram importantes contribuições para a botânica, introduzindo novas plantas em Espanha e criando jardins que muitos foram admirados. Os mouros africanos também eram conhecidos por sua experiência em alvenaria e construíram inúmeras estruturas impressionantes, como a Alhambra de Granada, considerada um dos edifícios mais belos e impressionantes do mundo. Finalmente, eles também escreveram intensamente sobre a sua história, criando numerosos textos históricos que ainda hoje são estudado."




Forte Orange

 O Forte Orange, localizado na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, foi construído pelos holandeses em 1631 durante a ocupação do Nordeste brasileiro. Originalmente chamado de Forte Oranje, foi projetado para proteger a região e servir como ponto estratégico no período das invasões holandesas. Após a expulsão dos holandeses, o forte foi reconstruído pelos portugueses em 1654, adquirindo características da arquitetura colonial portuguesa. Hoje, o Forte Orange é um importante ponto turístico e patrimônio histórico, com sua estrutura preservada e vista privilegiada do litoral de Itamaracá.