Blog do Fabio Jr

O blog que fala o que quer, porque nunca tem culpa de nada.

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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

A ORIGEM PAGÃ DE "VATICANO"



 A origem da palavra "VATICANO" não provém nem do grego nem do latim e também não tem nada  a ver com a Bíblia. 


Seu nome, como muitas tradições cristãs, é de origem pagã. Séculos antes da fundação de Roma por Rômulo e Remo, existiu um povo conhecido como "os etruscos" grande parte das tradições e culturas que Roma adqueriu vem desse povo.


Os etruscos costumavam enterrar seu mortos em necrópole fora dos muros de sua cidades.

 Por essa razão, foi levantado uma colina perto de suas aldeias. 

O nome da deusa etrusca que a necrópole foi advocada chamava-se Vatika.


Outra coisa que recebeu o nome de Vatika, era uma erva alucinogénica que também era colhida naquela encosta. 


Os séculos passaram e a palavra foi ficando na língua Latina como sinônimo de "alucinação" ou "visão profética" associada a essa erva. Séculos depois, aquela encosta foi destinada a um circo romano e, segundo a lenda, São Pedro tinha sido executado e enterrado.


 Assim, quando o cristianismo foi legalizado, esse lugar se tornou o centro de uma peregrinação. 

Por isso, o imperador Constantino fundara  um santuário naquela colina a que se chamava, "A COLINA VATICANA."


Outros séculos depois, ali se contruiu o palácio papal e assim o Vaticano, palavra de origem etrusca e correspondente à deusa Vatika (uma deusa pagã) e que dá nome ao coração da Igreja católica apostólica romana!




quarta-feira, 18 de setembro de 2024

O Farol do Conhecimento Perdido



 A Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores maravilhas do mundo antigo, um centro de conhecimento que abrigava inúmeros textos e conhecimentos de todas as culturas.  


Fundada pelos Ptolomeus no Egito, seu objetivo era reunir todo o conhecimento do mundo conhecido em um só lugar,infelizmente, a sua destruição é um dos grandes mistérios e tragédias da história, com a perda de textos inestimáveis ​​que poderiam ter mudado o curso da civilização.


Estima-se que a biblioteca abrigasse entre 40.000 e 400.000 manuscritos em seu auge.

Não continha apenas livros, foi também um centro de pesquisa onde estudaram grandes mentes como Arquimedes e Euclides.


A biblioteca foi destruída em diversas fases, e se debate quem foi o responsável, desde Júlio César até os invasores posteriores.

Os bibliotecários copiavam livros de cada navio que atracava em Alexandria, devolvendo as cópias aos proprietários e guardando os originais.


O desaparecimento da biblioteca marca o fim da Era de Ouro de estudos no Mediterrâneo.


 O que teria mudado na história se a Biblioteca de Alexandria tivesse sobrevivido intacta?





domingo, 15 de setembro de 2024

A Nova Luz do Trânsito: Entenda a Função da Luz Branca nos Semáforos


Você já viu um semáforo com luz branca? Essa novidade tecnológica está revolucionando a forma como os carros autônomos interagem com o trânsito.

Qual a função da luz branca nos semáforos?

Comunicação entre veículos: A principal função da luz branca é facilitar a comunicação entre os carros autônomos e os semáforos. Essa interação permite que os veículos autônomos "conversem" entre si e com o semáforo, otimizando o fluxo do trânsito.

Controle do tráfego: Quando muitos carros autônomos se aproximam de um cruzamento, a luz branca é acionada, dando aos veículos autônomos o controle parcial do tráfego. Dessa forma, eles podem coordenar suas ações e atravessar o cruzamento de forma mais eficiente e segura.

Segurança para todos: Além de beneficiar os carros autônomos, a luz branca também aumenta a segurança para todos os motoristas. Ela serve como um sinal claro para os motoristas humanos, indicando que os carros autônomos estão controlando o fluxo do tráfego.

Como funciona na prática?

Imagine um cruzamento com muitos carros autônomos. Quando a luz branca acende, os carros autônomos começam a se comunicar entre si e com o semáforo, decidindo qual o melhor momento para atravessar. Os motoristas humanos, por sua vez, devem seguir o exemplo dos carros autônomos, como se estivessem em uma fila organizada.

Em resumo, a luz branca nos semáforos é um passo importante para a integração dos carros autônomos no trânsito. Essa tecnologia promete tornar as ruas mais seguras, eficientes e menos congestionadas.





Linha do tempo da história da psicologia


"A Psicologia: Uma jornada milenar em busca de compreender a mente humana.

Essa linha do tempo é um ótimo resumo da evolução da Psicologia como ciência. Desde as primeiras reflexões filosóficas até as descobertas mais recentes sobre o cérebro, a Psicologia continua a nos surpreender e a nos ajudar a entender melhor a nós mesmos e aos outros.




Norman Larsen: O inventor do WD-40



Norman Larsen, um químico e engenheiro americano, é conhecido por ter desenvolvido o WD-40, um produto multifuncional que revolucionou a manutenção e a reparação em todo o mundo. O WD-40 é famoso por suas propriedades de deslocamento de água, lubrificação e proteção contra a corrosão.


Em 1953, Larsen trabalhava para a Rocket Chemical Company em San Diego, Califórnia. A empresa queria desenvolver uma fórmula que pudesse impedir a corrosão dos sistemas de mísseis. Após 40 tentativas, Larsen e sua equipe conseguiram criar uma fórmula bem-sucedida, daí o nome WD-40, que significa "Water Displacement, 40th fórmula" (Deslocamento de água, fórmula 40).

O WD-40 foi inicialmente usado pela indústria aeroespacial, mas logo perceberam o seu potencial para aplicações mais amplas. 


Em 1958, o WD-40 foi lançado no mercado de consumo, onde rapidamente ganhou popularidade devido à sua capacidade de soltar peças enferrujadas, lubrificar mecanismos e proteger superfícies da umidade e corrosão.


Desde o seu lançamento, o WD-40 evoluiu e se tornou uma ferramenta essencial em casas, oficinas e fábricas de todo o mundo. A empresa expandiu sua linha de produtos para incluir soluções específicas para diversas aplicações, mantendo o mesmo compromisso com a qualidade e inovação que Norman Larsen estabeleceu.


O legado de Norman Larsen permanece em cada lata de WD-40, destacando sua contribuição fundamental para a manutenção e reparação de equipamentos e máquinas.




30 Gatilhos Mentais para Impulsionar Suas Estratégias


Gatilhos mentais são como atalhos mentais que influenciam nossas decisões. Ao entender e aplicar esses gatilhos, você pode criar campanhas mais eficazes e persuasivas.

Lista de 30 Gatilhos Mentais:

1. Autoridade: Utilize especialistas ou figuras de autoridade para endossar seus produtos ou serviços.

2. Escassez: Crie a sensação de que algo é limitado ou por tempo determinado.

3. Urgência: Incentive a ação imediata com prazos e ofertas limitadas.

4. Prova Social: Mostre que muitas pessoas já utilizam e aprovam seu produto ou serviço.

5. Novidade: Apresente algo novo e inovador para despertar a curiosidade.

6. Exclusividade: Faça com que seus clientes se sintam especiais e parte de um grupo seleto.

7. Reciprocidade: Ofereça algo de valor gratuitamente para gerar um sentimento de gratidão.

8. Compromisso e Consistência: Incentive seus clientes a se comprometerem com

pequenas ações, aumentando a chance de compras maiores.

9. Gosto: Crie conexões emocionais com seus clientes através de histórias e valores compartilhados.

10. Contraste: Use o contraste para destacar os benefícios de seus produtos ou serviços.

11. Perda: Destaque o que os clientes podem perder ao não escolher sua opção.

12. Simplicidade: Torne suas mensagens claras e fáceis de entender.

13. História: Conte histórias que conectem seus produtos ou serviços com as emoções dos clientes.

14. Visualização: Use imagens e vídeos para ajudar os clientes a visualizarem os benefícios.

15. Metáforas e Analogias: Use comparações para facilitar o entendimento de conceitos complexos.

16. Números: Use números e estatísticas para dar credibilidade às suas afirmações.

17. Garantia: Ofereça garantias para reduzir o risco percebido pelos clientes.

18. Personalização: Crie experiências personalizadas para cada cliente.

19. Curiosidade: Ative a curiosidade dos clientes com perguntas e desafios.

20. Dor e Prazer: Apresente soluções para os problemas dos clientes e destaque os benefícios.

21. Idealização: Apresente um futuro ideal que seus produtos ou serviços podem proporcionar.

22. Emulação: Incentive os clientes a imitar pessoas que eles admiram.

23. Ordem: Organize suas informações de forma lógica e fácil de seguir.

24. Comunidade: Crie um senso de comunidade entre seus clientes.

25. Simpatia: Seja amigável e acessível.

26. Confiança: Construa confiança através da transparência e honestidade.

27. Esperança: Ofereça esperança para um futuro melhor.

28. Identificação: Faça com que os clientes se identifiquem com sua marca.

29. Inveja: Mostre como seus produtos ou serviços podem ajudar os clientes a se destacarem.

30. Satisfação: Foque em proporcionar uma experiência positiva para os clientes.



A perfumaria, uma arte ancestral



A história dos perfumes se confunde com a história da humanidade. As primeiras evidências do uso de fragrâncias remontam ao Egito antigo, onde os perfumes eram utilizados em rituais religiosos, para embalsamar os mortos e, é claro, para perfumar o corpo.


Cleópatra, por exemplo, era famosa por seus banhos perfumados e pelo uso de óleos aromáticos.


Gregos e Romanos: refinando a arte


Os gregos aperfeiçoaram a arte da perfumaria, criando fórmulas mais complexas e diversificando o uso dos perfumes. Já os romanos expandiram o uso das fragrâncias, utilizando-as em diversos aspectos da vida cotidiana, como em banhos, festas e até mesmo em arenas de combate.


A Idade Média: um período de transição


Na Idade Média, a perfumaria sofreu um declínio devido às crenças religiosas e às condições de higiene da época.


 No entanto, a arte da perfumaria nunca foi completamente esquecida. Monarcas e nobres continuaram a utilizar perfumes, e as fragrâncias eram associadas ao luxo e à riqueza.


Renascimento e a era moderna


Com o Renascimento, a perfumaria viveu um novo momento de florescimento. A descoberta de novas matérias-primas e o desenvolvimento de técnicas de extração permitiram a criação de perfumes mais sofisticados e complexos. A partir daí, a perfumaria se tornou uma indústria em constante evolução, com a criação de novas fragrâncias e o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas.



AUTO BIOGRAFIA DE SARGÃO REI DA ACÁDIA (2334-2279 A.C.)

Extraído de: Mitos Sumérios e Acádios de Federico Lara Peinado.

Tradução: Diego Gavski.

Sargão pertencia a uma das muitas levas de imigrantes semitas que foram se instalando aos poucos na Suméria. A história do nascimento e da infância de Sargão é contada na "Lenda de Sargão", um texto sumério que afirma ser a biografia dele. As versões mais antigas estão incompletas, porém, fragmentos de textos posteriores dão o nome de seu pai como Lá’ibum.

Já um texto neoassírio do século VII a.C., que alega ser a autobiografia dele, narrada por ele mesmo, afirma que Sargão seria o filho ilegítimo de uma sacerdotisa. No relato neoassírio o nascimento e a infância de Sargão são descritos assim:

Eu sou Sargão, o poderoso rei, o rei de Acade.

Minha mãe foi uma alta sacerdotisa, a meu pai não conheci.

Os irmãos de meu pai amavam as colinas.

Minha cidade natal é Azupiranu, situada às margens do Eufrates.

Minha mãe, alta sacerdotisa, me concebeu, em segredo me deu a luz.

Me pôs em uma cesta de juncos, selando com peixes a abertura.

Me lançou no rio, que não se levantou contra mim.

O rio me levou até Akki, o jardineiro.

Akki, o jardineiro, me tomou por seu filho e me criou.

Akki o jardineiro me nomeou seu sucessor.

Enquanto eu era jardineiro, Ishtar me concedeu seu amor.

E exerci a realeza por cinquenta e seis anos.

Governei e regi o povo dos cabeças negras.

Com armas de bronze conquistei poderosos montes,

escalei as montanhas superiores;

por três vezes recorri aos países para lá do mar.

Minha mão conquistou Dilmun;

Subi até Der, a grande, e eu a conquistei,

Destruí Kazalu e (....)

venci a todo aquele que me foi hostil.

Qualquer monarca que me suceda,

se quer se considerar igual a mim,

por onde eu dirigi meus passos,

que ele dirija também os seus.

Que governe e reja o povo dos cabeças negras;

que conquiste poderosos montes com armas de bronze;

que escale as montanhas superiores;

que atravesse as montanhas inferiores;

que recorra aos países para lá do mar por três vezes;

que conquiste Dilmun com sua mão;

que suba até Der, a grande, e a submeta;

(...) de minha cidade, Acade (...)

O que se sabe e está registrado historicamente é que Sargão tornou-se um membro proeminente da corte real de Kish e depois de derrubar o rei local tomando o poder, partiu para a conquista do resto da Mesopotâmia. O vasto império de Sargão teria se estendido de Elam ao mar Mediterrâneo, incluindo toda a Mesopotâmia, partes dos atuais Irã e Síria, e possivelmente partes da Anatólia e da península Arábica. Governou a partir de uma nova capital, Acádia, situada na margem esquerda do Eufrates, que a “lista de reis sumérios” alega ter sido construída por ele. É interessante notar que até hoje não foram encontradas as ruinas da Acádia. Pode ser que outra cidade tenha sido construída em cima de suas ruinas, ou não. Apenas sua localização não foi ainda identificada.

Sargão ficou célebre por ter conquistado as cidades-estados sumérias, nos séculos XXIII a.C., tendo fundado a dinastia acadiana. Reinou por 56 anos. Ele é o primeiro dignatário da história que criou um império multiétnico governado a partir de um centro, sendo que a sua dinastia governou a Mesopotâmia por cerca de um século e meio (2334-2022 a.C.), com 18 reis.

A “Lista dos Reis Sumérios” relata: "Em Ágade (Acádia), Sargão, cujo pai era um jardineiro, o copeiro de Ur-Zababa, se tornou rei, o rei de Ágade, que construiu Ágade; ele governou por 56 anos." Esta citação na “Lista de Reis Sumérios” foi a base para a especulação feita por diversos acadêmicos, de que Sargão teria sido a inspiração para a figura bíblica de Nimrode  que foi posteriormente incorporado à Bíblia.





Samuel Crompton: O Inventor da Spinning Mule



Samuel Crompton, um inventor inglês do século XVIII, é conhecido por criar a Spinning Mule, uma máquina que revolucionou a indústria têxtil ao combinar o melhor da máquina de fiar Arkwright e da máquina de fiar manual Hargreaves. A sua invenção foi um avanço crucial na Revolução Industrial, permitindo a produção em larga escala de fios mais finos e resistentes.


Crompton nasceu em 1753 em Bolton, Inglaterra. Trabalhando como tecelão, Crompton percebeu as limitações das máquinas de fiar existentes. Em 1779, após anos de experimentação, ele inventou a Spinning Mule, uma máquina que permitia produzir fios de alta qualidade com mais eficiência.


A Spinning Mule  teve um impacto significativo na indústria têxtil, permitindo a produção em massa de fios de alta qualidade. Isto não só aumentou a eficiência e a produção, mas também melhorou a qualidade do produto final. A invenção de Crompton facilitou o crescimento das fábricas têxteis e contribuiu para o avanço da Revolução Industrial.


Desde a invenção do Spinning Mule, a tecnologia têxtil evoluiu consideravelmente. As máquinas modernas são muito mais avançadas e automatizadas, mas o princípio básico de combinar o melhor das diferentes tecnologias para melhorar a produção ainda é relevante. 


O legado de Samuel Crompton vive em todas as fábricas têxteis modernas, destacando a sua contribuição fundamental para a Revolução Industrial e a indústria têxtil.




Análise de "Os Trabalhadores do Mar" de Victor Hugo



"Os Trabalhadores do Mar", publicada em 1866, é uma das obras mais significativas de Victor Hugo, refletindo tanto a grandeza do espírito humano quanto a brutalidade das forças da natureza. Ambientada na isolada ilha de Guernsey, onde Hugo se exilou, a novela não apenas narra a luta heróica de Gilliatt, o protagonista, mas também aborda questões filosóficas, sociais e existenciais que permeiam a condição humana.


 A Dualidade da Natureza


Um dos temas centrais da obra é a dualidade da natureza, que é apresentada tanto como um lugar de beleza sublime quanto como um campo de batalha implacável. Hugo descreve o mar de forma vívida, utilizando uma linguagem poética que evoca sua magnificência e sua ferocidade. O mar é, por um lado, uma fonte de vida e sustento, mas, por outro, também representa a ameaça constante e a morte. Este conflito se reflete na jornada de Gilliatt, que encarna a luta do homem contra as forças elementares e a inevitabilidade do destino.


A obra é permeada por descrições detalhadas do ambiente marinho e de suas intempéries, que se tornam uma metáfora da luta interna de Gilliatt. O mar é um agente de transformação, moldando não apenas a paisagem física, mas também o caráter e a moralidade dos homens que dependem dele. A batalha de Gilliatt contra o "Demon" (uma poderosa embarcação) simboliza a luta do ser humano contra as adversidades e os desafios impostos pela vida.


O Heroísmo e a Solidão


Gilliatt, como figura heróica, representa a resiliência e a determinação do ser humano em face da adversidade. Sua luta solitária para resgatar o barco do fundo do mar torna-se um símbolo da luta existencial. Hugo pinta Gilliatt como um anti-herói, um homem comum que se vê forçado a confrontar não apenas as forças da natureza, mas também suas próprias limitações e medos.


A solidão de Gilliatt é um tema recorrente. Ele é apresentado como um personagem isolado, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Sua relação com a natureza é intensa e complexa, revelando tanto a beleza quanto a crueldade da vida. A solidão de Gilliatt é exacerbada pela sua incapacidade de se conectar com os outros, especialmente com Déruchette, a mulher por quem ele nutre sentimentos profundos. Sua devoção a ela é uma motivação central, mas também uma fonte de sofrimento, refletindo a dicotomia entre amor e desespero.


A Questão Social e a Condição Humana


Além do heroísmo individual, "Os Trabalhadores do Mar" também aborda questões sociais e a condição humana. Hugo, um defensor fervoroso dos direitos dos trabalhadores e das classes oprimidas, utiliza a obra para criticar a exploração e a injustiça social. O ambiente da ilha de Guernsey, com suas comunitárias, é uma representação dos desafios enfrentados pelos trabalhadores do mar, que lutam por subsistência em um mundo que frequentemente os ignora.


Os personagens que cercam Gilliatt, como os pescadores e os proprietários de barcos, são representações de uma sociedade que luta para sobreviver, mas que também é marcada por conflitos e rivalidades. As interações entre esses personagens revelam as tensões sociais e a luta por poder e status, que são frequentemente ofuscadas pelas exigências da vida cotidiana. Hugo destaca a necessidade de solidariedade entre os trabalhadores, sugerindo que a verdadeira força reside na união.


A Redenção e a Esperança


Ao longo da narrativa, a busca por redenção é um tema subjacente que permeia a jornada de Gilliatt. Sua luta para resgatar o barco não é apenas um ato de heroísmo; é também uma busca pela autoafirmação e pela aceitação. Através de suas provações, Gilliatt confronta suas próprias limitações e falhas, mas também revela a capacidade de resistência e a força interior que todos os seres humanos possuem.


A esperança, embora frequentemente obscurecida pela dor e pela luta, é também um elemento central na obra. Gilliatt, apesar de sua solidão e de seus desafios, é um símbolo da possibilidade de transformação e da capacidade humana de enfrentar o desespero com coragem. No final, sua jornada se torna uma metáfora da luta contínua pela vida e pela dignidade.


Conclusão


"Os Trabalhadores do Mar" de Victor Hugo é uma obra rica e multiforme que explora a complexidade da condição humana, a luta contra as forças da natureza e as questões sociais que permeiam a vida dos trabalhadores. Através do personagem de Gilliatt, Hugo oferece uma profunda reflexão sobre heroísmo, solidão, redenção e a luta incessante por significado em um mundo muitas vezes indiferente.


A obra não é apenas uma narrativa sobre um homem e o mar; é uma meditação sobre a vida, as relações humanas e a busca por esperança em meio às adversidades. Através de sua prosa poética e de suas observações perspicazes, Hugo nos convida a contemplar a beleza e a brutalidade da existência, revelando a profundidade da experiência humana e a resiliência do espírito diante dos desafios que nos são impostos.


Oliver Harden





A Insuportabilidade da Vida: Ecos de Mentes Brilhantes



Na vastidão da existência, onde a luz e a sombra dançam uma dança  eterna, há momentos em que a vida se torna um peso insuportável. A sensibilidade, essa lâmina afiada que fere e cura, pode se transformar em um fardo que as mentes mais brilhantes da literatura não conseguiram suportar. Ernest Hemingway, Virginia Woolf, Sylvia Plath e Hunter S. Thompson, cada um deles um titã da palavra, enfrentaram os ventos tenebrosos da vida com coragem, mas, ao final, foram tragados por um abismo de desespero que desafiou até mesmo suas compreensões mais profundas da condição humana.


Hemingway, com sua prosa esculpida em aço, capturou a essência da luta e da derrota, traçando um paralelo entre a bravura dos homens e a fragilidade da alma. Em sua busca incessante por significado, encontrou-se em um campo de batalha interior, onde o triunfo era frequentemente eclipsado pela sombra da depressão. O eco de sua voz, que reverberava a autenticidade da experiência, tornou-se um grito silencioso na solidão de sua existência. A insuportabilidade da vida, para ele, não era apenas uma questão de dor; era a consciência aguda de que o heroísmo poderia ser, paradoxalmente, a própria causa da ruína.


Virginia Woolf, por outro lado, navegou pelas profundezas da psique humana com uma sensibilidade que transcendeu o tempo. Sua prosa fluida e poética revelava as nuances da experiência feminina e a luta contra as correntes da opressão. No entanto, mesmo a lucidez de sua visão não a salvou das tempestades que a assolaram. Woolf, ao se sentir à deriva em um mundo que não a compreendia, encontrou no rio Ouse um refúgio para sua dor, um ato de libertação que, tragicamente, se tornou um grito de desespero. Sua morte nos lembra que, por trás da beleza da criação, muitas vezes se oculta um abismo de sofrimento.


Sylvia Plath, com sua poesia visceral, expôs as feridas da alma humana com uma crueza que não poupava nada. Sua luta contra a depressão e a alienação, intensificada por uma busca inabalável por autenticidade, culminou em um suicídio que chocou o mundo literário. Em "A Redoma de Vidro", Plath encapsulou a sensação de estar presa em uma existência que sufoca, transformando a vida em uma luta contra um destino inexorável. Sua sensibilidade, que a permitiu explorar os recessos mais sombrios da experiência humana, também se tornou a própria armadilha que a aprisionou.


Hunter S. Thompson, o ícone do jornalismo gonzo, desafiou as convenções com uma ferocidade que refletia sua desilusão com a sociedade. Através de suas palavras, fez uma crítica mordaz à hipocrisia e ao vazio do mundo contemporâneo. Contudo, mesmo sua bravura não foi suficiente para suportar a tempestade interna que o consumia. Sua morte por suicídio, um ato de rebeldia contra uma vida que parecia insuportável, ressoa como um eco da luta contra a alienação e a desilusão.


Essas almas brilhantes, cada uma a seu modo, nos ensinam que a insuportabilidade da vida não é um reflexo de fraqueza, mas uma consequência da intensa sensibilidade que caracteriza a busca por significado. A capacidade de perceber as nuances da existência pode, paradoxalmente, conduzir a uma sobrecarga emocional que se torna insuportável. O que é sublime na criação pode se transformar em um fardo na vida cotidiana, e a luta para equilibrar essas forças pode ser uma tarefa hercúlea.


Assim, ao contemplar a dor dessas mentes que nos deixaram, somos convidados a refletir sobre a natureza da existência e as profundezas do sofrimento humano. A insuportabilidade da vida é um tema que ressoa através do tempo, ecoando nas páginas de suas obras e nos corações daqueles que os leem. Devemos, então, ao nos deparar com a beleza e a crueldade da vida, cultivar uma maior empatia e compreensão, lembrando que as batalhas mais ferozes frequentemente ocorrem nas sombras, longe dos olhares que não veem. 


A vida, em sua complexidade, demanda não apenas coragem, mas também compaixão — por nós mesmos. E assim, entre as letras e os silêncios, encontramos a possibilidade de esperança, mesmo nas horas mais sombrias.


Oliver Harden




A Cor da Pele de Jesus: Uma Abordagem Mais Detalhada


A questão da cor da pele de Jesus é complexa e envolve aspectos históricos, culturais e religiosos. Ao longo dos séculos, a imagem de Jesus foi moldada por diferentes contextos e interesses.

Evidências Históricas e Arqueológicas:

Oriente Médio: Jesus nasceu e viveu na região do Oriente Médio, onde a população era predominantemente semita, com características físicas como pele mais escura, cabelos castanhos ou pretos e olhos escuros.

Clima: A região do Oriente Médio é conhecida por ter um clima quente e seco, o que favoreceria a produção de melanina na pele, pigmento responsável pela pigmentação da pele e proteção contra os raios solares.

Representações Artísticas: As primeiras representações artísticas de Jesus, surgidas nos primeiros séculos do cristianismo, não o retratavam com características específicas de raça ou etnia. A imagem de Jesus branco, loiro e de olhos azuis é uma construção cultural mais recente, influenciada pela arte europeia medieval.

Por que a Imagem de Jesus Branco se Tornou Dominante?

Colonialismo: A expansão europeia e o colonialismo levaram à disseminação da imagem de Jesus como um homem branco, reforçando a ideia de superioridade racial europeia.

Poder e Identidade: A representação de Jesus como branco serviu para legitimar o poder das classes dominantes europeias e fortalecer a identidade cultural de muitos povos europeus.

Religião: A Igreja Católica, por muito tempo, reforçou a imagem de Jesus como branco, utilizando-a como ferramenta de catequização e controle social.

A Importância da Discussão:

Descolonização do Imaginário: A discussão sobre a cor da pele de Jesus é fundamental para descolonizar o imaginário religioso e desafiar as representações eurocêntricas.

Inclusão e Diversidade: Reconhecer a diversidade humana na representação de figuras religiosas contribui para a construção de sociedades mais justas e inclusivas.

Liberdade Religiosa: A discussão sobre a aparência física de Jesus não deve interferir na fé de ninguém, mas sim promover um diálogo aberto e respeitoso sobre a história e a cultura.

Conclusão:

Embora não seja possível afirmar com absoluta certeza a cor da pele de Jesus, as evidências históricas e arqueológicas sugerem que ele provavelmente tinha uma pele mais escura, característica comum dos povos do Oriente Médio naquela época. A imagem de Jesus branco é uma construção cultural mais recente, influenciada por fatores históricos, sociais e políticos. É importante reconhecer que a representação de Jesus ao longo da história foi moldada por diferentes contextos e interesses, e que a discussão sobre sua aparência física é fundamental para promover um diálogo mais aberto e inclusivo sobre a religião e a diversidade humana.

Para aprofundar seus conhecimentos, sugiro que você pesquise sobre os seguintes temas:

História do Oriente Médio: Para entender o contexto histórico e cultural em que Jesus viveu.

História da Arte: Para analisar as diferentes representações artísticas de Jesus ao longo dos séculos.

Estudos Pós-coloniais: Para compreender como a colonização europeia influenciou a representação de Jesus.

Teologia: Para explorar as diferentes interpretações teológicas sobre a imagem de Jesus.




Anaximandro: O Pioneiro dos Mapas Antigos



Anaximandro de Mileto, filósofo e geógrafo grego do século VI a.C., é considerado um dos primeiros a criar um mapa do mundo conhecido na sua época. Seu trabalho inovador em mapeamento lançou as bases para o desenvolvimento de mapas e geografia.


Anaximandro foi um dos primeiros a tentar representar a superfície da Terra de forma sistemática. Seu mapa mostrava o mundo conhecido da antiguidade, centrado no mar Egeu e rodeado por terras que incluíam Europa, Ásia e África. Embora rudimentar de acordo com os padrões modernos, seu mapa foi um avanço significativo na compreensão da geografia.


O trabalho de Anaximandro influenciou gerações posteriores de geógrafos e cartógrafos, incluindo Hecateo de Mileto e Eratóstenes, que melhoraram e expandiram o conhecimento geográfico baseado em seus primeiros esforços. Os mapas foram fundamentais para a navegação, exploração e expansão do conhecimento humano sobre o mundo.


Desde os primeiros mapas de Anaximandro, o mapeamento evoluiu enormemente, passando pelos mapas medievais, pelos mapas da era das descobertas e chegando aos modernos mapas digitais e sistemas de informação geográfica (GIS). Hoje em dia, os mapas são ferramentas essenciais em quase todos os aspectos da vida, desde a navegação até o planejamento urbano e o estudo científico.


O legado de Anaximandro permanece em cada mapa que usamos hoje, destacando sua contribuição fundamental para o desenvolvimento da geografia e do mapeamento.





A verdadeira história de Pinóquio


O tema principal do Pinóquio escrito em 1881 nunca foi a mentira.

Seu autor Carlo Collodi era, além de escritor, um jornalista e satírico altamente prolífico, colaborador de publicações políticas e culturais e crítico incansável dos líderes do seu país. Impregnado de tudo aquilo, seu Pinóquio pretendia ser um símbolo da importância da educação e um apelo à desobediência (civil).

O personagem de Pinóquio estava indo de desgraça em desgraça porque desistia de ir para a escola. Mimado por Gepetto, esse jovem de pinheiro estava passando de tudo. Chegou a chutar seu criador, roubou até sua peruca - Gepetto era careca, aparentemente - e foi preso, acusado de abuso e maus tratos.

Ao contrário do boneco encantador que muitos de nós conhecemos, o Pinóquio primordial era um personagem ingrato e preguiçoso, que apesar de tudo o que fez recebeu carinho de Gepetto. Sim, é verdade, que a história termina com um final semelhante, embora trocando baleia por tubarão (não se sabe o tamanho, mas lá dentro havia lugar para um Gepetto inteiro). Pinóquio aprende a lição, mas a moral, então, não é que as crianças devam sempre dizer a verdade, mas que a educação é essencial. Uma educação capaz de libertá-lo de ser um fantoche de verdade (da sociedade e dos políticos) e de um trabalho brutal, esse que, de outra forma, e como acontece na fábula poderia acabar transformando-o num burro de carga. Educação para não ser um fantoche dos outros.

Por que Pinóquio se chama assim?

No conto original, o jovem moldado Gepetto é construído à base de madeira de pinho. Na criação da sua denominação, o autor combinou as palavras “pinheiro”, como a árvore da qual a madeira foi retirada, e “occhio” (palavra italiana que significa olho). Ou seja, o significado literal de Pinóquio é “Ojo de pinheiro”, uma combinação de duas palavras que perde a sua semântica ao reformular o nome em espanhol. 





A Herança Maldita da Família Aimos



No coração do interior de Minas Gerais, durante o século XIX, a vasta propriedade dos Aimos era sinônimo de poder e riqueza. Augusto Aimos II, o patriarca, construíra seu império nas costas dos escravos, cuja dor e sofrimento manchavam cada grão de café colhido. Sua indiferença cruel ecoava pelos corredores de sua mansão opulenta, onde ele se orgulhava de um único objetivo: garantir que sua fortuna e seu nome perdurassem por gerações. O legado que deixaria para seus filhos, Joaquim, Beatriz e Henrique, não era apenas uma fortuna material, mas algo muito mais sombrio.


Quando Augusto morreu de forma repentina, dizem que o próprio céu escureceu como se a terra rejeitasse sua alma. Durante a leitura do testamento, o ar da sala ficou pesado. Entre os termos e os bens listados, uma mensagem enigmática foi lida: “Minha riqueza é um fardo. Quem desonrar meu nome será condenado.” O aviso parecia uma ameaça, mas a ganância dos herdeiros sufocou qualquer temor. Mal sabiam eles que aquela maldição começaria a despertar, silenciosa e faminta.


Nos dias que se seguiram, uma atmosfera de inquietação envolveu a propriedade. O primeiro a sucumbir foi Joaquim. Encontrado morto em seu escritório, seus olhos estavam vidrados, e sua boca, aberta em um grito eterno. Nenhum médico conseguiu explicar sua morte, mas os servos sussurravam sobre o barulho de correntes arrastando-se pelos corredores na noite anterior. Em seguida, Beatriz morreu em um acidente de carruagem, mas testemunhas juravam que, antes do impacto, viram sombras envolvendo a carruagem como tentáculos famintos.


Henrique, o mais jovem, agora era o único sobrevivente dos três filhos. Ele começou a ver figuras em seus sonhos: corpos mutilados, rostos sem vida, mãos espectrais que se estendiam para ele, clamando por justiça. As sombras que ele via não eram mais apenas visões; elas o seguiam pela casa, sussurrando em uma língua antiga e morta. A cada dia, a loucura se aproximava mais, e Henrique sabia que o próximo a cair seria ele.


Enquanto isso, Clara, a neta de Augusto e única inocente naquela família, brincava nos jardins que antes eram cheios de risos e alegria, mas agora estavam envoltos em um silêncio opressor. Certa noite, Clara ouviu sussurros no vento. Eles vinham do coração dos antigos cafeeiros, onde escravos foram enterrados em covas rasas, sem lápides, sem memória. A curiosidade infantil a levou até o antigo armazém da fazenda, onde o ar era sufocante e o cheiro de ferrugem e mofo parecia carregar um peso quase palpável.


Dentro do armazém, sombras começaram a tomar forma, e dos cantos escuros surgiu uma figura espectral. Era um homem, sua pele marcada por chicotadas e seus olhos brilhando com uma fúria contida por décadas. Ele ergueu o rosto para Clara, sua voz ecoando como um trovão abafado: “Você é a última dos Aimos. Sua família prosperou com nosso sangue. Agora, pagará o preço.”


Clara, aterrorizada, tentou fugir, mas seus pés pareciam presos ao chão. As sombras a envolviam, sussurrando horrores indescritíveis, mostrando-lhe imagens das torturas que seu avô infligira. Em pânico, ela gritou: “Eu não sou como eles!” Mas as sombras não se importavam. Para elas, o sangue dos Aimos era impuro, e ela era a última peça de um quebra-cabeça amaldiçoado.


Em um momento de desespero, Clara lembrou-se das palavras de seu avô sobre a maldição. Ela sabia que havia apenas uma maneira de quebrar o ciclo: renunciar à herança. Com as sombras apertando seu corpo frágil, ela gritou: “Eu escolho libertar minha família! Que a fortuna dos Aimos seja esquecida para sempre!”


As palavras ecoaram, e o armazém começou a desmoronar ao seu redor. As paredes estremeceram, e as sombras soltaram gritos agudos enquanto se dissipavam no ar. No centro da tempestade de poeira e escuridão, o espírito do escravo sorriu, finalmente libertado. Mas Clara não estava a salvo. Quando a última sombra se foi, a luz que preenchia o armazém se apagou, e ela desapareceu junto com o mal que assombrava sua linhagem.


Na manhã seguinte, a mansão Aimos estava vazia. Os vizinhos encontraram a propriedade envolta em uma névoa densa, e aqueles que ousaram entrar juraram ter visto o rosto de Clara nas janelas, com olhos negros como a noite, observando-os. O nome Aimos, uma vez temido e respeitado, desapareceu das conversas, mas as lendas nunca morreram.


Dizem que, nas noites mais escuras, uma figura infantil caminha entre os antigos cafeeiros, com risos suaves e olhos vazios, carregando o peso de uma herança que deveria ter sido esquecida. Os poucos que a viram juram que ela não é mais uma criança, mas uma sombra do passado, eternamente presa entre a vida e a morte, como uma advertência para aqueles que ousam se esquecer dos pecados de seus ancestrais.




quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Louis Pasteur: O criador da pasteurização

 Louis Pasteur começou a pesquisar a fermentação em 1856, quando foi contactado por um produtor de vinho francês que enfrentava problemas de deterioração dos seus produtos. 


Pasteur descobriu que a fermentação era causada por microrganismos específicos, como leveduras e bactérias, interagindo com os açúcares do vinho. No entanto, ele também descobriu que algumas bactérias nocivas causavam fermentação indesejada, gerando ácido láctico e estragando o vinho. Pasteur concluiu que esses microrganismos eram os responsáveis ​​pelas alterações na alimentação e nas bebidas, e não fatores espontâneos ou "miasmas", como se pensava na época.


Para resolver este problema, Pasteur propôs um método simples: aquecer o vinho a uma temperatura moderada durante um determinado período de tempo para matar microorganismos nocivos sem afetar o sabor ou a qualidade do produto. 


Em 1864, ele demonstrou que aquecer o vinho a aproximadamente 55-60 graus Celsius durante alguns minutos eliminava as bactérias responsáveis ​​pela sua deterioração. Este processo não só resolveu o problema do vinho, mas também abriu a porta à sua aplicação noutros alimentos e bebidas.


O processo, denominado "pasteurização" em homenagem a Louis Pasteur, foi rapidamente implementado nas indústrias de vinho e laticínios. Descobriu-se que, ao aplicar calor controlado ao leite, a presença de bactérias patogénicas como o *Mycobacterium tuberculosis* e a *Brucella abortus*, que causam doenças graves como a tuberculose e a brucelose, poderia ser significativamente reduzida. 


A pasteurização do leite tornou-se um padrão de saúde pública no final do século XIX e início do século XX, ajudando a reduzir drasticamente a incidência de doenças de origem alimentar.


Hoje, a pasteurização é aplicada a uma ampla variedade de alimentos e bebidas, incluindo laticínios, sucos de frutas, cerveja, vinho, ovos líquidos e outros produtos líquidos. Existem diferentes métodos de pasteurização, como a pasteurização de longo prazo a baixa temperatura (LTLT) e a pasteurização de curto prazo a alta temperatura (HTST), dependendo do tipo de produto e dos resultados desejados em termos de qualidade e segurança alimentar.


O impacto da pasteurização na saúde pública tem sido enorme, salvando milhões de vidas ao reduzir a transmissão de doenças através de alimentos e bebidas. 


A técnica continua a ser um pilar fundamental da segurança alimentar moderna e o seu desenvolvimento marcou o início da microbiologia aplicada e do controlo de qualidade na indústria alimentar.




sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Os Comancheros

 Os mexicanos eram os únicos que se atreveram a entrar em áreas dominadas pelos índios nativos do sul dos EUA. Estes comerciantes eram conhecidos como Comancheros. Mas eles também eram os únicos que negociavam com os Afro-Americanos, Apaches, Cherokees e outras tribos nativas.


Os mexicanos levaram para o sul dos Estados Unidos e desde 1810 a guitarra, tequila, churrasco, tamales, corrido mexicano e muitas outras coisas da cultura mexicana, incluindo a famosa petate. A mochila, mais do que uma cama, um artefacto com profundo simbolismo. Servia como cama, mas também como mortalha ou para fazer chapéus.


Os comancheros eram assim nomeados porque os Comanches, em cujo território negociavam, eram considerados seus melhores clientes. Trocavam produtos manufacturados (ferramentas e panos), farinha, tabaco e pão por peles, gado, espingardas, munições e cavalos. Já que os comanches e os Apaches não criavam cavalos, nem tinham acesso suficiente a armas e pólvora.

No livro Novo México Book of the Undead Gobin & Ghoul Folclore do autor Ray John de Aragão, narra-se como existiam dois grupos de comerciantes mexicanos.


Os Ciboleros, Mexicanos rudes e Horsemen, gente de cavalo, que caçavam búfalos, pumas, ursos e veados, muito populares no final do século XVIII e início do século XIX.


Os Comancheros sem medo, os destemidos Comancheros, era o outro grupo, gente de cavalo que entrava no território Índio para negociar com os Comanches.


Os Comanches respeitavam o valor dos Comancheros Mexicanos e sua habilidade de luta, armas e cavalos.


Muitos corridos mexicanos foram compostos em homenagem aos Comancheros Mexicanos.

Os Mexicanos residentes da área tocavam violino e guitarra e compunham seus famosos Corridos Mexicanos.


Mexicanos, Afro-Americanos e Comanches fizeram aliança, conviviam, misturaram suas culturas e trocaram seus costumes, comida, música e tradições.


Músicos como Charlie Patton, estima-se que tinham sangue mexicano, Índia e Afro-Americano. Assim afirmou Howlin'Wolf.


A verdade é que mexicanos, Índios Comancheros e Cherokees e Afro-Americanos formaram famílias, criaram descendência e trocaram suas músicas e seus cânticos.


Dessas raízes tão profundas também se nutriu o blues.


Na Villa de El Duende (Goblin Town) perto de Taos, os violinistas tocavam Folk Music.

Músicas como A Entrega dos Falecidos.

Variaciones de la historia de La Cenicienta y de La Llorona. Juan Verdades y La Hija del Diablo.

No México, vários pesquisadores estimam que a Llorona, como personagem da mitologia e das lendas mexicanas, tem a sua origem em alguns seres ou divindades pré-hispânicas como Auicanime, entre os purépechas; Xonaxi Queculla entre os sapotecos; a Cihuacóatl entre os nahuas; e a Xtabay entre os maias lacandones.

Juntamente com La Adelita e La Barata, La Llorona tornou-se um canto popular muito usado mas, ao contrário das outras, existem muitas versões, cada uma com letra diferente.


A fronteira comanchero: uma história das novas relações entre o México e os índios das planícies

Esta é a história dos comancheros, ou mexicanos que negociavam com os índios comanches no início do sudoeste. Quando Don Juan Batista de Anza e Ecueracapa, um líder comanche, assinaram um tratado de paz em 1786, obtiveram-se benefícios comerciais mútuos e o tratado nunca foi quebrado por nenhuma das partes. Os comancheros do Novo México eram livres de vaguear pelas planícies para negociar bens, e quando os americanos chegaram, os comanches e os mexicanos até se uniram em uma aliança informal e flexível que tornou a ocupação americana das planícies muito cara. Da mesma forma, na década de 1860, os comancheros trocaram armas e munições com os Comanches e os Kiowas, o que lhes permitia causar um preço terrível aos texanos que avançavam.


Você está vendo uma exploradora Apache. Foto tirada em 1886, o mesmo ano que Geronimo desistiu. Naqueles dias, as mulheres nativas nem pensavam em usar calças. Sim, estamos familiarizados com Calamity Jane, Annie Oakley e mais algumas mulheres colonos duras. Até os negros como a diligência Mary, mas os nativos? Não. Entretanto, as mulheres guerreiras estavam a um centavo por dúzia nas linhas tribais. Não há nada de estranho nisso. Dizer que essa escoteira apache era pioneira é um eufemismo.




Ferenc Puskás

 “O presidente contratou Puskas.”

“E o que fazemos com a barriga dele?”

“A barriga, você dá um jeito.”


Essa foi a conversa entre Carniglia, técnico do Real Madrid, e Antonio Calderón, gerente do clube. Assim começou a história. Ferenc Puskas chegou ao Real Madrid com 31 anos e 12 quilos a mais, após uma suspensão de DOIS ANOS pela UEFA.


Foi difícil? Vocês me dizem: 242 gols em 262 partidas oficiais. Três Copas da Europa, cinco Ligas, uma Copa da Espanha, uma Copa Intercontinental e quatro Troféus Pichichi.


Ferenc Puskás, ou "Cañoncito Pum", como foi apelidado na Espanha. Tão GIGANTE foi sua passagem pelo futebol que o prêmio para o MELHOR GOL da temporada leva o seu nome.




terça-feira, 3 de setembro de 2024

Montando uma Matriz A3: Um Guia Passo a Passo


A matriz A3 é uma ferramenta visual poderosa usada para resolver problemas e implementar melhorias em processos. Ela oferece uma visão ampla do problema, suas causas raiz e as ações necessárias para solucioná-lo.

Passo 1: Defina o Problema

Seja claro e conciso: Qual é o problema exato que você quer resolver?

Quantifique: Se possível, use dados para medir o impacto do problema.

Passo 2: Analise a Situação Atual

Mapeie o processo: Desenhe um fluxograma simples para visualizar o processo atual.

 Identifique os passos: Quais são as etapas envolvidas no processo?

 Colete dados: Quais são os dados relevantes sobre o processo (tempo, custo, qualidade)?

Passo 3: Identifique as Causas Raiz

Utilize ferramentas: Use ferramentas como o diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) para identificar as causas raiz do problema.

Faça perguntas: Por que o problema está ocorrendo? Quais são as causas subjacentes?

Passo 4: Desenvolva Ações Corretivas

Seja específico: Quais ações você vai tomar para resolver o problema?

Atribua responsabilidades: Quem será responsável por cada ação?

Estabeleça prazos: Quando cada ação será concluída?

Passo 5: Implemente as Ações

Comunique: Informe todos os envolvidos sobre as ações a serem tomadas.

Monitore o progresso: Acompanhe o progresso das ações regularmente.

Passo 6: Padronize e Controle

Documente: Documente as melhorias implementadas para garantir que sejam mantidas.

Estabeleça indicadores: Crie indicadores para monitorar o desempenho do processo após as mudanças.

Estrutura da Matriz A3:







Dicas Adicionais:

Seja visual: Use gráficos, tabelas e imagens para tornar a matriz mais fácil de entender.

Mantenha a matriz atualizada: A matriz A3 é uma ferramenta dinâmica, então atualize-a regularmente.

Envolva a equipe: Incentive a participação de todos os membros da equipe.

Celebre os sucessos: Reconheça e celebre as melhorias alcançadas.

Exemplos de Ferramentas Digitais:

Existem diversas ferramentas digitais que podem auxiliar na criação e gestão de matrizes A3, como:

Planilhas: Excel, Google Sheets

Software de gestão de projetos: Trello, Asana

Software de desenho: Visio, Lucidchart

Lembre-se: A matriz A3 é uma ferramenta flexível que pode ser adaptada às necessidades específicas de cada situação. O objetivo principal é promover a melhoria contínua e a resolução de problemas de forma eficaz.